
Dizem os atlantistas, tirando recentemente o Snyder, que a 2ª Grande Guerra começou com a assinatura do Pacto Molotov – Ribbentrop. Mas não, começa antes.
Começa em 1938 quando na conferência de Munique se soube que todos iriam deixar cair a Checoslováquia. Todos, menos um.
A URSS ofereceu pronta ajuda a Praga, mas foi Varsóvia e Bucareste que negaram a passagem de forças do exército vermelho. Aliás, aquando da anexação por parte dos nazis, a Polónia também ficou com um bocado.
Perante a total inércia do mundo ocidental face à besta Nazi que se desenhava, o Kremlin, assim que pode, empurrou as suas fronteiras o mais que pode para ocidente.
Foram esses cerca de 150-200 km de terreno ganho que deram à URSS tempo de resistir até à chegada do seu mais fiel aliado: o General Inverno. Os alemães chegaram a ter o Kremlin à vista, mas o frio não lhes perdoou a veleidade de se esticarem ao longo das estepes.
De notar que foi só depois de os Soviéticos terem estancado a besta Nazi é que os americanos se lembraram de vir ajudar. É como aquele cobarde que já todos vimos nas rixas de café que só lá vai molhar a sopa quando o agitador já está por terra.
Mário Lobo