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Guia Michelin promete ano histórico para a gastronomia portuguesa

© DR

Os restaurantes distinguidos no Guia Michelin Espanha e Portugal 2023 são conhecidos na terça-feira à noite, numa cerimónia na cidade espanhola de Toledo, que a organização promete ser “histórica” para a gastronomia portuguesa.

Portugal conta atualmente com sete restaurantes com duas estrelas Michelin (“cozinha excelente, vale a pena o desvio”) e 26 com uma estrela (“cozinha de grande nível, compensa parar”).

Na edição de 2022, Portugal conquistou a primeira estrela para cinco restaurantes – Al Sud (Lagos), A Ver Tavira (Tavira), Cura (Lisboa), Esporão (Reguengos de Monsaraz) e Vila Foz (Porto) – e manteve todas as distinções anteriores.

O guia ibérico continuou a não reconhecer nenhum restaurante português com a classificação máxima (três estrelas, “uma cozinha única, justifica a viagem”), que foi atribuída a 11 estabelecimentos em Espanha (Akelarre, Arzak, Quique Dacosta, DiverXO, ABaC, Martín Berasategui, El Celler de Can Roca, Lasarte, Azurmendi, Aponiente e Cenador de Amos).

Fonte do Guia Michelin disse à Lusa que este será “um ano histórico” para Portugal.

A organização da publicação adiantou à agência de notícias espanhola EFE que, na edição de 2023, haverá “muitas estrelas, o que demonstra que o ano foi muito bom”.

As estrelas, adiantou, estarão “muito distribuídas, tanto em grandes cidades como em localidades mais pequenas” dos dois países.

“Há um aumento de talento, espalhado por toda a Espanha e Portugal”, assinalou a mesma fonte, destacando a força dos jovens, que estão a apostar “tanto em novos conceitos como em propostas tradicionais renovadas”, e a mostrar “coragem” com a abertura de restaurantes “inovadores e de qualidade”.

Durante a cerimónia, voltarão a ser entregues as ‘estrelas verdes’, pelo terceiro ano, uma iniciativa do Guia Michelin para reconhecer o compromisso com a sustentabilidade. Na edição deste ano foram atribuídas aos portugueses Il Galo d’Oro (Funchal, duas estrelas Michelin) e Esporão (Reguengos de Monsaraz, uma estrela).

No total, a península Ibérica contabiliza 29 estabelecimentos que receberam uma ‘estrela verde’. Segundo o Guia Michelin, os inspetores já constataram que o compromisso com o meio ambiente se “incorpora como algo necessário em todas as novas aberturas, que já têm medidas pensadas a esse respeito”.

Os prémios que distinguem um ‘chef’ mentor e um jovem cozinheiro, lançados na anterior edição, voltarão a ser entregues, e este ano haverá uma novidade: um galardão que destaca o trabalho da sala para evidenciar a “importância de uma equipa ou diretor de sala” para se alcançar uma experiência gastronómica perfeita, anunciou recentemente o responsável dos inspetores do guia, José Vallés.

Para atribuir as estrelas aos restaurantes, os inspetores, que trabalham de forma anónima, valorizam a qualidade dos produtos, o domínio dos pontos de cozinha e das texturas, o equilíbrio e harmonia dos sabores, a personalidade da cozinha e a regularidade.

Depois de uma gala em formato digital (2020) e outra sem público (2021), devido às restrições para controlar a pandemia de covid-19, a cerimónia de terça-feira será “de celebração”, adiantaram as mesmas fontes.

Toledo foi este ano a cidade escolhida para acolher a gala de apresentação, com cerca de 700 convidados e que decorrerá no Palácio de Congressos El Greco de Toledo. Após a gala, será servida uma refeição, que irá destacar os produtos da região de Castela-A Mancha, coordenada pelos ‘chefs’ de dois restaurantes locais, ambos com duas estrelas: Ivan Cerdeño (restaurante Iván Cerdeño) e Fran Martínez (Maralba).

O Guia Michelin Espanha e Portugal 2022 inclui 1.362 restaurantes de Espanha, Portugal e Andorra, incluindo 11 com três estrelas, 40 com duas estrelas, 211 com uma, 29 com a ‘estrela verde’ e 284 Bib Gourmand (boa relação qualidade/preço), além de 816 recomendados pela qualidade da sua cozinha.

Criado no início do século XX para ajudar os viajantes nas suas deslocações, o Guia Michelin é hoje considerado uma referência mundial na qualificação de restaurantes. Portugal entrou no roteiro em 1910.

Lista dos restaurantes com estrelas Michelin em Portugal:

Duas estrelas:

Alma (Lisboa, chef Henrique Sá Pessoa)

Belcanto (Lisboa, chef José Avillez)

Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira, chef Rui Paula)

Il Gallo d’Oro (Funchal, chef Benoît Sinthon)

Ocean (Alporchinhos, chef Hans Neuner)

The Yeatman (Vila Nova de Gaia, chef Ricardo Costa)

Vila Joya (Albufeira, chef Dieter Koschina)

Uma estrela:

100 Maneiras (Lisboa, chef Ljubomir Stanisic)

A Cozinha (Guimarães, chef António Loureiro)

Antiqvvm (Porto, chef Vítor Matos)

Al Sud (Lagos, chef Louis Anjos)

A Ver Tavira (Tavira, chef Luís Brito)

Bon Bon (Carvoeiro, chef José Lopes)

CURA (Lisboa, chef Pedro Pena Bastos)

Eleven (Lisboa, chef Joachim Koerper)

Eneko Lisboa (Lisboa, chef Eneko Atxa e Lucas Bernardes)

Epur (Lisboa, chef Vincent Farges)

Esporão (Reguengos de Monsaraz, chef Carlos Teixeira)

Feitoria (Lisboa, chef João Rodrigues, entretanto substituído por André Cruz)

Fifty Seconds by Martín Berasategui (Lisboa, chef Filipe Carvalho)

Fortaleza do Guincho (Cascais, chef Gil Fernandes)

G Pousada (Bragança, chef Óscar Gonçalves)

Gusto by Heinz Beck (Almancil, chef Libório Buonocore)

LAB by Sergi Arola (Sintra, chef Sergi Arola e Vladimir Veiga)

Largo do Paço (Amarante, chef Tiago Bonito)

Loco (Lisboa, chef Alexandre Silva)

Mesa de Lemos (Viseu, chef Diogo Rocha)

Midori (Sintra, chef Pedro Almeida)

Pedro Lemos (Porto, chef Pedro Lemos)

Vila Foz (Porto, chef Arnaldo Azevedo)

Vista (Portimão, chef João Oliveira)

Vistas (Vila Nova de Cacela, chef Rui Silvestre)

William (Funchal, chef Luís Pestana)

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