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Grande Porto quer ter gabinete em Bruxelas

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A Área Metropolitana do Porto (AMP) vai marcar uma reunião extraordinária para formalizar a criação de um gabinete em Bruxelas, junto da Comissão Europeia, para captar mais fundos europeus, foi esta sexta-feira anunciado.

Na reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP), o seu presidente, Eduardo Vítor Rodrigues (também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia), pediu aos autarcas da AMP que guardassem na agenda o dia 16 de setembro, visando a marcação de uma reunião extraordinária sobre o tema.

Segundo explicou na reunião, o objetivo é formalizar a equipa da AMP antes da Semana Europeia das Regiões e Cidades, que decorre entre 10 e 13 de outubro.

Em declarações aos jornalistas no final da reunião, Eduardo Vítor Rodrigues disse que “fora do quadro de financiamento que Portugal negoceia com Bruxelas, que vem para Portugal ou para gestão nacional, ou para gestão regional, há um conjunto vastíssimo de financiamentos que estão disponíveis”.

Estes “são geridos a partir de Bruxelas, diretamente pela Comissão (Europeia) ou por algum dos comissários”, em áreas como os transportes, a energia e o ambiente, referiu, dando, mais tarde, o exemplo do programa Horizonte Europa.

“O que a área metropolitana entende é que não faz muito sentido estarmos a deixar passar estas oportunidades, quando, para além do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência)e do fim do Quadro Comunitário 2020, temos agora o lançamento do 2030”, acrescentou o presidente metropolitano.

Eduardo Vítor Rodrigues disse que Barcelona e Manchester (antes da saída do Reino Unido da União Europeia) usaram esta estratégia.

A equipa em causa seria capaz “não só trazer informação sobre eventuais financiamentos”, mas também de representar a AMP “numa lógica quase de lóbi, no momento de formatação dos regulamentos”.

“Em muitos casos nós temos o dinheiro, temos a vontade, temos os projetos, e depois há alguma coisa nos regulamentos que falha porque, evidentemente, os regulamentos são feitos de forma abstrata e às vezes essa abstração significa prejuízo”, explicou.

Segundo o autarca de Vila Nova de Gaia, a equipa, “muito pequena” e “partilhada com outras regiões da Europa, por razões de economia de recursos”, será composta por pessoas “do quadro da Área Metropolitana”, estando ainda por definir a pessoa indicada para a liderar.

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