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Graça Freitas: distinção merecida

A senhora D. Graça Freitas, mui digna Directora-Geral da Saúde (DGS), foi uma criatura a quem, na generalidade, os portugueses não devotavam muito agrado nas imensas conferências de imprensa durante estes meses todos de pandemia.

Compreendo as estafantes conferências de imprensa, quer para ela mas também para muitos portuguêses, por mor das revelações minuciosas que nos fazia aos microfones televisivos ao dar informação sobre a pandemia que muitas vezes perdiam a assertividade.

Cheguei a pensar que se a Directora-Geral soubesse o quão era incompreendida, passasse para a parte de trás das câmaras – mas por trás mesmo, e ter apenas e não mais que isto: uma espécie de porta voz.

Isso lembrava-me que a senhora D. Graça Freitas é competentérrima profissionalmente. Tem ela um ror de capacidades na área técnica, um intenso e extenso curriculo, paradoxalmente especialização em comunição de Saúde, e por inerência da sua qualidade de Directora-Geral da Saúde, autoridade nacional de saúde, mas não tem coloquialidade.

Tem especialização em saúde pública e imensa literatura nás áreas de vacinação, prevenção e controle em doenças transmissíveis. – Um curriculo e pêras… Não. Um currículo e todo um pomar.

Foi agora eleita pela RTP figura do ano e coincidentemente regressou de três semanas de confinamento porque também ela foi infestada por esse bicho de quem só lhe sabemos os nomes, a partir de Covid-19.

Além do galardão, o seu regresso foi comovedor.

Curvo-me muito solene e respeitosamente ao seu esforço. A eleição foi merecida.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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