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Governo publicou conclusões do congresso da Diáspora

A Cidade de Porto acolheu, nos passados dias 13 e 14 de julho de 2019, nas instalações da Ordem dos Contabilistas Certificados, o I Congresso Mundial de Redes da Diáspora Portuguesa sob o tema “Por Uma Visão Estratégica Partilhada”.

Este evento, que contou com a presença de meio milhar de pessoas, teve como principais objetivos a reunião dos representantes e protagonistas das diversas Redes dos Portugueses da Diáspora; o reconhecimento da sua função, quer na comunidade em que se inserem, quer na sociedade dos países de acolhimento; a valorização do seu trabalho e percursos; a recolha dos seus contributos e visões; e o desenvolvimento de forma aprofundada de uma estratégia comum que apoie a concretização das aspirações dos Portugueses no Mundo.

Os trabalhos organizaram-se em torno de seis principais Redes da Diáspora Portuguesa: a Rede do Associativismo; a Rede da Ciência e do Conhecimento; a Rede da Economia e do Desenvolvimento; a Rede da Cidadania e dos Lusoeleitos; a Rede do Apoio Local; e a Rede dos Orgãos de Comunicação Social da Diáspora.

Ao longo do certame, António Costa começou por destacar a ambição do povo português e a sua capacidade de alargar fronteiras. Recorde-se que o atual governo assumiu a Diáspora como uma das suas prioridades, estando a promover apoios para as comunidades no estrangeiro e também para aqueles que pretendem regressar.

Já o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, também usou da palavra para fazer os presentes refletir em questões como a adaptação à mudança que a emigração portuguesa regista; a organização dos serviços para responder aos anseios das nossas comunidades; a forma como se está a consolidar a ligação entre as comunidades portuguesas e o nosso país; e a forma como se pode intensificar o contacto entre as várias redes de forma a aumentar qualitativamente o impacto da nossa ação.

Durante a tarde, os debates nos seis painéis de trabalho decorreram de forma construtiva, num exercício de reflexão conjunta que originou ideias e propostas.

Após as intervenções do primeiro painel, “Rede do Associativismo”, concluiu-se que há uma necessidade de dar atenção aos jovens e preservar as ligações entre as segundas e terceiras gerações, e também de dar continuidade à dinamização da própria rede associativa.

O segundo painel, “Rede de Ciência e Conhecimento”, presidido pelo Deputado à Assembleia da República, Alexandre Quintanilha, realçou a importância de apoiar continuamente tanto aqueles que têm como objetivo regressar a Portugal, tanto os que pretendem ir ou permanecer no estrangeiro. A valorização da Língua Portuguesa e do Ensino de Português também mereceram especial destaque nas conclusões finais.

De seguida, o painel da “Rede Economia e Desenvolvimento”, onde esteve presente o Deputado à Assembleia da República pelo Círculo da Europa, Paulo Pisco, reconheceu a importância da promoção do empreendedorismo da Diáspora enquanto ativo estratégico fundamental para a valorização e o desenvolvimento sustentado do tecido
económico e empresarial do país.

O quarto painel da tarde, “Rede Cidadania e Lusoeleitos”, presidido pela Deputada à Assembleia da República Lara Martinho e coordenado por João Lima, chegou à conclusão de que é urgente aumentar a afluência às urnas dos portugueses recenseados no estrangeiro, incentivar a participação cívica e política dos cidadãos e continuar a promover um “sentimento de pertença” que aproxime as comunidades portuguesas e a sua rede consular e diplomática.

No penúltimo painel do congresso, “Rede Apoio Local e Territórios”, enquadrou-se a temática do Apoio Local no contexto da emigração, numa perspetiva histórica das tendências migratórias e da evolução das políticas do Estado Português para o apoio ao regresso, à sua preparação e à reinserção dos portugueses regressados.  Neste debate, ficou marcada a necessidade de intensificar a divulgação dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante junto dos cidadãos, e também a necessidade de promover uma maior interação entre os Gabinetes de Apoio ao Emigrante em território nacional e aqueles criados ou a criar no estrangeiro, assim como reforçar a rede destes Gabinetes no estrangeiro e criar um prémio para as melhores práticas de acolhimento dos portugueses pelos municípios dessa rede.

Por fim, no sexto e último painel desta ronda, “Rede Comunicação Social”,  debateu-se o relevo do contributo que é dado pela imprensa da Diáspora – jornais, rádios e televisões – para a promoção da ligação entre as comunidades portuguesas no estrangeiro e Portugal. Aqui, concluiu-se que se devem estabelecer parcerias mais efetivas com a imprensa portuguesa de âmbito nacional, regional e local, sendo especialmente relevante o papel que os órgãos de comunicação social que prosseguem missões de serviço público podem ter.

No final do evento foi cantado o Hino Nacional por Kátia Moreira e Pedro Rodrigues, portugueses residentes em França.

Confira as conclusões do I Congresso Mundial de Redes da Diáspora Portuguesa conforme publicado pelo Governo aqui.

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