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Governo: jovens lusodescendentes são oportunidade para Portugal

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, disse este sábado, em Paris, que os jovens lusodescendentes representam uma “oportunidade” para Portugal devido à “força, dinamismo e capacidade de inovação da juventude noutros territórios”.

“[Olho para] a oportunidade que representa para o nosso país, a força, o dinamismo e a capacidade de inovação da juventude noutros territórios. Falo de uma rede de contactos de parceiros alargada, não só para a nossa economia mas também para o desenvolvimento de projetos ambientais, sociais, que contribuam para uma Europa e um mundo de paz e prosperidade”, declarou o governante.

João Paulo Rebelo falava na abertura da primeira edição dos “Estados Gerais da Lusodescendência”, que se realizam hoje e amanhã na Maison du Portugal – André de Gouveia, e que são organizados pela associação de jovens lusodescendentes Cap Magellan, no âmbito do seu 25.º aniversário.

O secretário de Estado destacou, também, a importância da língua portuguesa, “a quinta mais falada no mundo” para promover “cada vez mais oportunidades” e lembrou que “a diáspora [portuguesa] é potencialmente bem mais jovem do que a população a viver em Portugal”.

“Dados estatísticos recentes indicam que os jovens entre os 15 e os 29 anos representaram, nos últimos anos, 40 por cento da emigração portuguesa. Se pensarmos que dentro de portas a população jovem portuguesa ronda os 15 por cento, percebemos bem o impacto que essa emigração teve também no rejuvenescimento da diáspora”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas, João Paulo Rebelo sublinhou que o Governo não esquece os emigrantes.

“É um sinal claro que o Governo quer dar que, como eu costumo dizer, não deixamos ninguém para trás e, portanto, também os portugueses emigrados, os portugueses fora do território nacional, devem ser um motivo de preocupação e de atenção para o governo, particularmente os lusodescendentes”, disse o governante, destacando a importância de “apoiar associações como a Cap Magellan” para evitar o afastamento dos lusodescendentes de Portugal.

João Paulo Rebelo acrescentou que já trocou “impressões com a Cap Magellan” para, no futuro, “exportar” para junto das associações portuguesas em França a campanha “70 Já!”, que vai ser lançada este ano em Portugal para promover a participação política dos jovens.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, vincou que “as comunidades portuguesas no mundo constituem a mais importante força de integração de Portugal na vida global” e que os portugueses “continuam muito vinculados às suas identidades territoriais do país”.

“Estas iniciativas têm essa especial característica de, por um lado, contribuírem para conhecer o modo como cada portuguesa e cada português se está a integrar nas sociedades de acolhimento – e por essa via está a ajudar Portugal a integrar-se nas sociedades de acolhimento – como, ao mesmo tempo, percecionar o modo como elas continuam vinculadas a Portugal”, afirmou José Luís Carneiro que vai intervir na sessão de encerramento de hoje dos Estados Gerais da Lusodescendência.

Esta tarde, a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, vai também participar no evento.

Além dos “Estados Gerais da Lusodescendência”, o 25º aniversário da Cap Magellan é marcado, este domingo, pelo concerto do grupo Resistência no Bataclan, em Paris, a sala de concertos que foi um dos alvos dos atentados da noite de 13 de novembro de 2015, que causaram 130 mortos, 90 dos quais neste local de espetáculos.

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