O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou este fim de semana os insultos racistas de que o jogador do FC Porto, Moussa Marega, foi alvo em Guimarães, lembrando que a Constituição da República é muito clara na condenação do racismo, xenofobia e discriminação.
“A Constituição da República Portuguesa é muito clara na condenação do racismo, assim como de outras formas de xenofobia e discriminação, e o povo português sabe, até por experiência histórica, que o caminho do racismo, da xenofobia, e da discriminação, além de representar a violação da dignidade da pessoa humana e dos seus direitos fundamentais, é um caminho dramático em termos de cultura, civilização e de paz social”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração à agência Lusa.
O jogador do FC Porto pediu para ser substituído ao minuto 71 da partida com o Guimarães, por ter ouvido cânticos e gritos racistas de adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os ‘dragões’ venciam por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
Na declaração à Lusa, o Presidente da República sublinhou que só pode “condenar, como sempre, veementemente, todas as manifestações racistas, quaisquer que sejam”.
Marcelo Rebelo de Sousa apelou ainda “à ética, ao sentido cívico e ao bom senso, para que se evitem em Portugal escaladas que violem valores básicos da nossa comunidade e só possam contribuir para a divisão fratricida entre os portugueses”.
Por sua vez, o primeiro-Ministro António Costa recorreu às redes sociais para tomar uma posição onde também condena “todos e quaisquer atos de racismo, em quaisquer circunstâncias”, e mostrou-se solidário com o avançado maliano.