Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo.
Fernando Pessoa
– Contemplei.
Sentei-me na bancada a ver a banda a passar e depois retirei as conclusões que a minha triagem intuitiva me deu. E foi muito bom…
Excelente, presumo.
E não partilhas das conclusões, Anabela?! Bota aí faladura! Diz de ti e do que te aprouver.
– Partilho: Cada coisa boa que me fizera guardei-a por inteiro, e retribui. Das coisas más apenas retirei lições de vida que me fortaleceram uma vez que não me mataram.
Estás viva. Deu para perceber!
– …Cada pedra contribuiu para a calçada da minha vida, sendo que guardo cada uma delas com algum carinho pois são muito preciosas. Fazem-me andar pela vida fora com muito orgulho daquilo que sou.
Anabela! Aproveitaste bem dos ensinamentos. Presumo que dos progenitores, e enfrentas a vida que mata mas não mata. “É um olhar à matador, à matador… La Dolce Vita… que grande fita…”
Nada poderia matar-te. A força que colheste é imensa. E caminhas muito bem.
Olha só uma coisa! Essa da pedra, da calçada, paga direito de autor. Por sinal o Fernando Pessoa é muita pessoa, muita gente. Podes passar por uma delas…
Mas prontus! Eu também já lembrei os Jáfumega. A minha versão é mais em clave se chuva e mete dó menor…
És boa “paruga”. Com generosidade capaz de partilhares nos escolhos da vida, com pluralidade.
És uma “crida”!
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)