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Foguete deu origem a fogo que ninguém queria na ilha da Madeira

© Lusa

O incêndio de grandes dimensões que deflagrou no dia 14 na ilha da Madeira foi causado pelo lançamento de foguetes, revelou esta quinta-feira a Polícia Judiciária (PJ), acrescentando que já identificou os responsáveis.

Num comunicado, a PJ afirma que, após diligências de investigação realizadas pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira, “apurou que tal incêndio terá tido origem no lançamento de foguetes”.

“A investigação realizada, designadamente através da recolha de depoimentos com relevo, análises de circunstâncias, informação meteorológica, informação oficial de várias entidades, bem como análise indiciária de vários elementos, permitiu identificar quer o local, quer os responsáveis pelo lançamento dos foguetes”, acrescenta.

Contudo, a PJ não refere no comunicado se já foram efetuadas detenções ou se foram constituídos arguidos.

A Lusa contactou aquela força policial para obter mais informações, mas ainda aguarda resposta.

A Lusa contactou também o Ministério Público sobre este processo, mas ainda não obteve resposta.

Segundo a Polícia Judiciária, a investigação este incêndio prossegue.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na segunda-feira, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida.

Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.

O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.

A Polícia Judiciária continua a investigar as causas do incêndio, mas Miguel Albuquerque disse tratar-se de fogo posto.

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