
A culpa deste desfecho do Orçamento de Estado para 2022 – a evidente queda do Governo de António Costa, começa por ser do Presidente da República, senhor Marcelo Rebelo de Sousa.
Segue-se o senhor André Ventura. O seu efeito. Uma espécie de efeito dominó que nos vai proporcionar um jogo de cintura e cabeça. (Nós, jornalistas, devíamos ser chamados à pedra).
E segue-se a responsabilidade do senhor Primeiro-Ministro, António Costa.
Mas a ordem prioritária não é necessariamente esta. Embora muitas vezes se sobrepunham num emaranhado desolador.
Culpa maior do senhor Primeiro-Ministro, quando há meses, cheio de jactância – elevado por encómios de quase todo o lado, e que alguns lhe vacticinavam lugares na Europa, sendo texativo ao dizer que no dia em que o PS tivésse que contar com o PSD para governar o governo caía.
Eis o emaranhado.
Para um político experiente e muitíssimo hábil como é António Costa, não se entende. Citaria o jargão: é amadorismo a mais.
O senhor António Costa, com esta acção não deixa de me recordar o facto de há sensivelmente um ano ter declarado apoio à candidatura do senhor Luís Filipe Vieira à presidência do Sport Lisboa e Benfica. Para mim desde esse momento começou a revelar muito pouca habilidade. Aos olhos da menor atenção foi uma desinteligência enorme.
Mário Adão Magalhães
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).