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Filme “Vitalina Varela” exibido pelo MoMa

O filme “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, vai ser exibido ‘online’ pelo Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque (EUA), no âmbito de um ciclo que passa em revista a produção cinematográfica de 2020.

O departamento de cinema do MoMA olhou para “os principais lançamentos dos grandes estúdios e para os principais festivais de cinema, selecionando filmes inovadores e influentes, feitos nos últimos 12 meses, e que resistirão à passagem do tempo”, lê-se na página oficial do museu.

Entre as escolhas, com exibição a 16 de fevereiro, está “Vitalina Varela”, o premiado filme de Pedro Costa, que no início deste mês foi foi votado o quarto melhor de língua estrangeira do ano pela Sociedade Nacional de Críticos de Cinema dos Estados Unidos.

“Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho, “Nomadland”, Chloé Zhao, a série de cinco longas-metragens de Steve McQueen, reunidas sob o título “Small Axe”, e “Another Round”, de Thomas Vinterberg, são outros filmes escolhidos pelo museu nova-iorquino.

Candidato português à nomeação para Óscar de Melhor Filme Internacional, “Vitalina Varela” teve estreia mundial em agosto de 2019 no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde arrecadou os principais prémios: Leopardo de Ouro e Leopardo de melhor interpretação feminina.

Desde então, tem sido exibido e recebido vários prémios em diversos festivais internacionais de cinema, para além de ter aparecido em múltiplas listas de melhores do ano.

A publicação especializada Variety colocou-o, há dias, em 19.º na lista de possíveis candidatos ao Óscar de Melhor Filme Internacional; na segunda-feira, o Indiewire atribuiu-lhe a 15.ª posição.

Pedro Costa conheceu Vitalina Varela quando rodava “Cavalo Dinheiro”, acabando por incluir parte da sua história na narrativa, dando-lhe depois protagonismo no filme seguinte.

A narrativa centra-se numa mulher cabo-verdiana que chega a Portugal três dias após a morte do marido, depois de ter estado 25 anos à espera de um bilhete de avião.

Em Locarno, Pedro Costa explicou que os filmes sobre a comunidade cabo-verdiana não são documentários: “Estamos a fazer algo um pouco mais épico”, com base numa relação que existe há 25 anos.

“Falo de pessoas que vivem hoje no esquecimento, dormem nas ruas, são torturados. O cinema pode protegê-los, de certa forma vingar uma parte desta situação, porque pode ser exibido em qualquer lado”, disse.

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