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Félix da Costa inicia ataque ao mundial de Fórmula E

O piloto português António Félix da Costa (DS Techeetah) começa na sexta-feira, na Arábia Saudita, o ataque ao título mundial de Fórmula E, a competição para carros elétricos.

Numa temporada marcada pelas alterações ao sistema de qualificação, que já não prejudica tanto os pilotos mais fortes, como é o caso do português, Félix da Costa espera recuperar o título que já conquistou em 2020.

“Finalmente chegou a hora. É sempre especial este sentimento de adrenalina de começar uma época. Todos começam do zero e ninguém sabe muito bem o que esperar. Portanto, parto com confiança moderada para esta primeira corrida”, frisou o piloto de Cascais, de 30 anos.

Félix da Costa aponta algumas melhorias no carro deste ano.

“Nesse aspeto, fizemos bem o trabalho de casa, mas só vamos saber o nosso nível face aos nossos adversários quando tudo começar. Toda a equipa está muito unida e forte mentalmente”, sublinhou o piloto que corre pela DS.

Em declarações ao site oficial do campeonato, António Félix da Costa lembrou que no ano passado foram “arrasados”, algo de que não gostou, mas frisou que, este ano, houve “muito trabalho” para um regresso “às vitórias”.

“Detesto ser apenas mais um. Fiz isso demasiado tempo no meu início na Fórmula E, numa altura em que não tive as ferramentas para lutar por vitórias e pelo campeonato. Mas, quando se chega aqui [ao nível de discutir o título], é viciante e não se quer voltar atrás”, sustentou o português, que volta a fazer dupla com o antigo campeão, o francês Jean-Eric Vergne.

A grande alteração na Fórmula E está, este ano, no formato da qualificação. Nos anos anteriores, os pilotos dividiam-se em quatro grupos e os seis mais rápidos passavam à Superpole.

Félix da Costa queixou-se de que este sistema desvirtuava as qualificações, com vários pilotos prejudicados por estarem no grupo 1, onde a pista se encontrava tradicionalmente mais lenta.

Este ano, a fase de grupos será com apenas dois grupos em vez de quatro (posições pares e ímpares no campeonato).

Os pilotos de cada grupo terão 10 minutos para marcar o melhor tempo e passar para a fase seguinte, que será em sistema de eliminatórias.

Os vencedores dos quartos de final passam depois para as semifinais e os dois vencedores disputam a final para lutarem pela ‘pole position’.

Outra mudança no regulamento está relacionada com as bandeiras amarelas em regime de ‘safety car’.

Anteriormente, os pilotos perdiam parte da energia que não era gasta nesses períodos de neutralização (1kW por minuto).

Este sistema acabou por levar à desistência e desclassificação de vários pilotos no E-Prix de Valência (Espanha) do ano passado, depois de a direção de corrida ter retirado energia aos pilotos, após um período de ‘safety car’ em pista, levando a que menos de uma dezena de carros conseguisse concluir a prova.

Este ano haverá um “tempo extra” a cada minuto sob bandeiras amarelas ou ‘safety car’ e serão acrescentados 45 segundos ao tempo total da prova (além da volta final). O limite de tempo que pode ser acrescido é de 10 minutos.

Os carros, no último ano de segunda geração, são mais potentes, gerando 220 KW (200 em 2021), chegando aos 250KW em modo de ataque (235KW no ano passado).

O campeonato terá 16 corridas divididas por 10 eventos.

Riade, na Arábia Saudita, acolhe a primeira jornada dupla, com corridas a disputar na sexta-feira e no sábado, num palco onde Félix da Costa venceu há um ano.

Em pista estarão 22 pilotos, de 12 equipas diferentes, para aquela que será a oitava temporada do campeonato, destacando-se o regresso da Maserati à competição automóvel.

O neerlandês Nick de Vries (Mercedes) parte como campeão em título.

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