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Exportação do metal português regista “melhores resultados da década”

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As exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica aumentaram 15,6% em fevereiro, em termos homólogos, para 2.078 milhões de euros, registando nos dois primeiros meses do ano “os melhores resultados da última década”.

“As perspetivas para 2023 são otimistas, com as exportações de janeiro e fevereiro a evidenciarem um aumento homólogo de 15,2%. Aliás, os dois primeiros meses do ano registam os melhores resultados de igual período da última década”, destaca a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em comunicado.

Recordando que, em 2022, as exportações do Metal Portugal registaram um novo recorde anual, atingindo os 23.080 milhões de euros, a AIMMAP afirma que estes resultados “confirmam e consolidam o percurso de crescimento do setor metalúrgico e metalomecânico num ano em que o contexto económico se mantém desafiante, com elevados custos de produção, nomeadamente de energia, inflação e subida das taxas de juro, para além da incerteza quanto à evolução da conjuntura política e económica mundial, acentuada pela guerra na Ucrânia”.

As exportações para a União Europeia continuam a registar a quota mais elevada, respondendo por 75% do total das exportações do setor, mas o Japão, Turquia, Espanha, Alemanha, Austrália e Reino Unido destacam-se como “os países com maior crescimento absoluto neste período, revelando que os mercados extracomunitários também continuam a ganhar importância”.

Quanto ao conjunto de países para os quais o Metal Portugal mais exportou, mantém-se, com Espanha, França, Alemanha, Reino Unido (excluindo Irlanda Norte), Itália, Angola, EUA e Países Baixos nos lugares cimeiros.

Segundo enfatiza a associação, “este registo de crescimento consistente só é possível pelo investimento contínuo do setor, na qualidade, inovação, tecnologia, formação, bem como em padrões de sustentabilidade cruciais para o posicionamento de um setor que todos os dias supera desafios para estar em mercados de extrema exigência e sofisticação”.

Citado no comunicado, o vice-presidente executivo da AIMMAP destaca os resultados obtidos pelas empresas do setor nos dois primeiros meses do ano, principalmente na “atual conjuntura global adversa e numa altura em que o governo continua a virar as costas à iniciativa privada que é a verdadeira fonte sustentável de criação de riqueza”.

“Num ano que começou, novamente, com mais trapalhadas do executivo, com a TAP a continuar a absorver milhões e os primeiros concursos do Portugal 2030 a excluírem por completo a atividade empresarial, os resultados do Metal Portugal são verdadeiramente notáveis e devem ser por todos aplaudidos””, sustenta Rafael Campos Pereira.

Reforçando que o Metal Portugal “continua a ser o setor que mais contribui para o progresso socioeconómico do país, com o contributo que dá para a criação de riqueza, criação de emprego, inovação e desenvolvimento tecnológico”, o dirigente associativo sublinha que, “apesar deste início de ano otimista, naturalmente que as perspetivas para o ano de 2023 têm de ser cautelosas”.

“As exigências são muitas e, se não forem tomadas medidas urgentes para mitigar os efeitos desta realidade, certamente que a competitividade da economia nacional será afetada. É fundamental que haja uma revolução no paradigma da gestão governativa no nosso país e que as empresas passem também a ser uma prioridade”, remata.

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