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Europeias: Évora experimentou com êxito o voto eletrónico

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A secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, considerou que Évora “está de parabéns” com o projeto-piloto do voto eletrónico, a que aderiu um terço dos votantes do distrito nestas eleições Europeias.

“O distrito está de parabéns porque o processo decorreu com toda a normalidade” e o resultado “aponta que 33% dos votantes de Évora votaram eletronicamente, o que, para nós, é um bom sinal”, congratulou-se, em declarações à agência Lusa, em Évora.

Segundo a governante, isto significa que, dos 47.250 eleitores que votaram no distrito, 15.736 “votaram eletronicamente”.

Para estas eleições Europeias, segundo dados do Ministério da Administração Interna consultados pela Lusa, estavam recenseados no distrito de Évora 136.912 eleitores, tendo a secretária de Estado revelado hoje que a taxa de abstenção foi de “65%”.

“Não sabemos ainda qual é a média nacional e, portanto, não podemos fazer ainda essa comparação, mas cremos que, em termos de implementação do projeto do voto eletrónico, o processo correu bem”, argumentou.

No balanço que apresentou em Évora, Isabel Oneto destacou que “não houve incidentes”, mas apenas “uma pequena falha de manhã, muito pontual”, sem que tenha existido “necessidade de interromper o ato eleitoral ou de suspender formalmente a mesa”.

A governante aludia à mesa de voto eletrónica colocada no Colégio Luís Verney, em pleno centro histórico de Évora, que registou problemas, durante alguns minutos, durante a manhã.

“Foi uma questão de minutos, em que o sistema foi abaixo” e “em que a situação foi reposta”, numa paragem curta: “Foi o tempo de reiniciar, mas não houve alteração no procedimento. Quem estava para votar, votou”, frisou Isabel Oneto.

De resto, registaram-se “pequenas falhas de comunicação, durante segundos”, as quais nem obrigaram a “interromper” a votação eletrónica, acrescentou.

A secretária de Estado apontou ainda “pequenas curiosidades”, como o caso do concelho de Mourão, que “teve mais eleitores a votar eletronicamente do que [a escolher] o voto tradicional”, ou o do concelho de Borba, que “esteve muito próximo de atingir os 50%” de votantes que optaram pelas mesas eletrónicas.

“Agora, agora iremos fazer todas as análises, mas cremos que correu bem. Quem foi votar sentiu-se confortável, porque o sistema é intuitivo, e agora vamos ver como é a parte final e o relatório que iremos apresentar à Assembleia da República”, sublinhou.

Questionada sobre se a experiência é para continuar ou ser alargada ao resto do país, a governante confirmou que, “provavelmente, será um projeto para manter”, mas os termos ainda terão de ser definidos: “Não sei em que termos, se continuar aqui, se alargar, isso é uma decisão da Assembleia da República”.

Para as legislativas deste ano é que está fora de questão, porque “não é possível fazer alterações à lei eleitoral seis meses antes das eleições” e, mesmo se não existisse essa limitação, o ato eleitoral “está muito em cima para poder preparar um projeto destes”, argumentou.

O projeto-piloto do Voto Eletrónico Presencial em Évora decorreu em 23 freguesias dos 14 concelhos do distrito. Foram disponibilizadas 50 mesas de voto eletrónico, que funcionaram em simultâneo com as mesas de voto tradicional.

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