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Euro2024: passeio na Bósnia garante primeiro lugar a Portugal

© Lusa

Portugal desfrutou de mais um ‘passeio’ no Grupo J de qualificação para o Euro2024 de futebol, em Zenica, diante da Bósnia-Herzegovina (5-0), que nunca ‘apareceu’ para discutir um jogo em que não conseguiu rematar à baliza. 

O capitão Cristiano Ronaldo (5, de grande penalidade, e 20 minutos), Bruno Fernandes (25), João Cancelo (32) e João Félix (41) marcaram os golos da equipa das ‘quinas’ ainda antes do intervalo, construindo mais uma goleada lusa nesta caminhada para o próximo Europeu.

Os lusos somam agora 24 pontos, mais oito do que a Eslováquia, segunda classificada, que venceu por 1-0 o Luxemburgo, terceiro, com 11. A Islândia é quarta colocada, com 10 pontos, à frente da Bósnia-Herzegovina, com nove, e do Liechtenstein, último, sem qualquer ponto. 

Este desfecho permitiu ao selecionador Roberto Martínez alcançar um registo inédito de oito vitórias seguidas em jogos oficiais da seleção nacional, superando o recorde de sete de Fernando Santos, obtido no caminho para o Euro2016. 

Perante um adversário que ainda procura a sua primeira presença num Campeonato da Europa, a seleção lusa apresentou-se com quatro alterações no ‘onze’, face àquele que bateu a Eslováquia (3-2) no Estádio do Dragão, no Porto, onde ‘selou’ a nona presença na fase final em europeus e oitava consecutiva. 

Na cidade de Zenica, situada a 70 quilómetros de Sarajevo, o selecionador Roberto Martínez apostou em Gonçalo Inácio, Danilo Pereira, para somar a 70.ª internacionalização ‘AA’, Otávio e João Félix, para os lugares de António Silva, Palhinha, Bernardo Silva e Gonçalo Ramos.

Lusa

Nas duas vezes em que jogou em solo bósnio, os lusos passaram por muitas dificuldades, muito por culpa do ambiente hostil vindo das bancadas, mas, na noite fria desta segunda-feira, tudo começou a correr de feição, já que, sem terem feito nada para justificar a vantagem, um penálti acabou por ‘cair do céu’, logo aos três minutos. 

João Félix foi feliz num remate que levou a bola a bater no braço do central Barisic, com o árbitro a apontar de seguida para a marca do castigo máximo, para o capitão Ronaldo não desperdiçar, naquele que foi o seu oitavo tento nesta fase de qualificação. 

A precisar de pontos para se qualificar para o torneio que vai decorrer na Alemanha no próximo ano, a Bósnia parecia não ter argumentos para incomodar Portugal, que, sem ter de se esforçar muito, anulava as tímidas investidas dos locais. 

Ao dar a iniciativa ao líder do grupo, a Bósnia acabou por pagar caro e entregar mais um jogo, à semelhança de outros nesta ‘poule’, permitindo a Ronaldo ‘bisar’, desta vez dando a melhor sequência a um passe de João Félix, que isolou o capitão para este ‘picar’ a bola sobre o guarda-redes Sehic, aos 20 minutos. 

Bruno Fernandes, talvez o melhor jogador de Portugal no apuramento, falhou de forma inacreditável uma soberana chance quando a vantagem era tangencial, porém, quando voltou a estar enquadrado com a baliza, fuzilou Sehic, deixando, praticamente, tudo resolvido. 

A equipa comandada por Roberto Martínez não tinha intenções de abrandar e, sem surpresas, aconteceu o 4-0, muito por culpa da passividade e falta de agressividade dos locais, que, juntamente com o guarda-redes Diogo Costa, eram ‘espetadores’ no relvado do Bilino Polje. 

Embalado pelo golo, Bruno Fernandes fez, pouco depois, de assistente, com um passe para o atabalhoado Ronaldo, que deixou a bola sobrar para João Cancelo, sem marcação, escolher o melhor lado da baliza. 

A primeira parte não terminou sem que Portugal voltasse a marcar, agora por João Félix, em mais um lance muito facilitado pela defensiva anfitriã. 

À semelhança do que aconteceu no segundo golo de Ronaldo, o tento do avançado do FC Barcelona, apontado com a parte exterior do pé, foi inicialmente anulado, com o VAR a reverter a decisão do árbitro assistente. 

Para a segunda parte, a postura dos bósnios não mudou, os ataques e remates eram inexistentes e Diogo Costa não teve de fazer qualquer defesa, enquanto, do outro lado, Portugal continuava a jogar sem pressão e à procura de nova brecha. 

Roberto Martínez acabou por tirar Ronaldo, já sem fulgor, mas muito aplaudido pelos adeptos bósnios, e Rafael Leão, incrivelmente sem participação direta nos cincos golos, fazendo entrar os velozes Diogo Jota e Pedro Neto. 

Com o desafio a ficar sem grandes motivos de interesse, face ao desequilíbrio notório, Martínez mostrava-se descansado no ‘banco’ e continuou a dar minutos a jogadores menos utilizados, como Vitinha, que foi a jogo com Rúben Neves, antes do jovem João Neves, do Benfica, ter a possibilidade de estrear-se por Portugal, tornando-se no segundo estreante da ‘era’ do técnico espanhol. 

Em novembro, Portugal fecha a fase de apuramento com uma deslocação ao Liechtenstein e a receção à Islândia.

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