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Estranho momento e estranhos meses

Vou pelas ruas, de máscara, óculos e chapéu. Vejo centenas pelos passeios nas ruas das praias, sem preocupações, sem máscaras e sem distanciamento social. Faço um recuo memória e vejo aquelas imagens de Itália, Espanha e Brasil, onde há pouco menos de 5 meses, ocorriam dois funerais por hora, em Bérgamo, ao ponto de os camiões militares ter de intervir para transportar os caixões.

O que mudou desde então?

O vírus ficou mais manso, mas ao mesmo tempo continua a ter o mesmo tempo de antena nos jornais e nos telejornais?

Deixou de matar tanto mas a registar o mesmo número de infectados?

E os ventiladores em falta? E a sobrelotação dos hospitais?

Deixaram de existir, num período cada vez mais crítico de falta de sensibilidade social para o problema que não mudou desde que foi declarado pandemia?

Estranho. Muito estranho.

Com esta falta de cuidado, diria que no mínimo estaríamos iguais ao que tanto se viu no Brasil ou nos Estados Unidos e se fez questão de impressionar com sensacionalismo ao ponto de se ler que haviam cadáveres a serem enterrados em valas comuns. Tal não se tem sentido em Portugal. Nem tão-pouco se falou de semelhante acontecimento na Europa.

Estranho momento e estranhos meses.

 

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