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Estamos preparados para a globalização do mercado do emprego?

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O mercado laboral está numa acelerada mudança. As Tecnologias permitem novas formas de trabalhar, a Flexibilidade começa a ser um imperativo e o Teletrabalho ganha raízes. Há crescentes oportunidades para profissionais que pretendam trabalhar a partir de um qualquer local e para os que pretendam desenvolver diversos projetos em simultâneo. A pandemia gerou um ponto de inflexão, as pessoas tiveram tempo para pensar e para redefinir as suas prioridades.

Algumas tendências recentes do mercado de trabalho:

  1. The Great Resignation: fenómeno que levou um expressivo número de trabalhadores a abandonarem os seus postos de trabalho, em especial nos EUA e no Reino Unido, dando uma nova orientação à sua vida;
  2. O mercado laboral está cada vez mais HÍBRIDO: um crescente nº de trabalhadores pretendem trabalhar um ou dois dias por semana a partir da sua casa ou de outro local que não o escritório. 
  3. Trabalho REMOTO: o que obriga as empresas a competir pela procura de talento a nível global;
  4. GIG ECONOMY: um crescente número de profissionais tem vindo a estabelecer-se por sua conta no desenvolvimento de diversas atividades em simultâneo, nomeadamente os experts em determinadas áreas de vanguarda que realizam projetos específicos com uma duração de 3 a 6 meses. Presentemente, 17% da economia dos EUA já está baseada neste modelo de gig economy e esta tendência deverá crescer e estender-se a diversos outros países ocidentais. 
  5. SEMANA de 4 DIAS: a jornada do trabalho tem vindo a mudar ao longo do tempo. No início baseava-se num critério religioso, descansava-se um dia por semana e nos outros trabalhava-se. Há cerca de 70 anos houve uma grande mudança com a redução para 5 dias por semana. Ao longo da próxima década deveremos passar a trabalhar 4 dias por semana com um crescente nível de liberdade/ flexibilidade de gestão do tempo dedicado ao trabalho.

A Educação e Formação também mudaram. Até há pouco, um profissional terminava um curso superior e com o diploma procurava um emprego compatível. Presentemente, o título universitário já não vale o que valia há 20/ 30/ 40 anos e o mesmo pode ser atribuído por uma instituição não universitária, como a Amazon Web Services, que ao outorgar um titulo de arquiteto de sistemas, poderá aportar a esse detentor um emprego com um salário melhor do que muitos cursos universitários.

Efetivamente, as motivações da maioria dos trabalhadores mudaram: há 50 anos a principal motivação era conseguir um maior salário e um melhor emprego. Presentemente, o que move a maioria dos profissionais é poderem satisfazer as suas necessidades pessoais com maior autonomia. Graças à tecnologia é possível trabalhar em remoto e gozar de uma maior flexibilidade e liberdade do que no modelo tradicional de 8 horas por dia num mesmo local de trabalho.

Os Dirigentes das empresas para enfrentar esta nova realidade precisam de conhecer e entender bem as mutações tecnológicas e digitais, as mudanças geopolíticas como a guerra da Ucrânia e suas consequências, as crises energéticas, subida generalizada dos preços … 

Em termos de competências, precisam de desenvolver skills para lidar com o presente e com o futuro:

1º Soft Skills: liderança, empatia, capacidades relacionais e criatividade;

2º Hard Skillsproject management, tecnologia, digitalização e a gestão de grandes volumes de dados;

3º Critical Thinking: pensamento computacional, saber descobrir padrões e criar um algoritmo, que são críticos para nos adaptarmos a um mundo em crescente mudança.

Estarão os nossos líderes preparados para esta nova era?

Jorge M. Fonseca

Partner GEORGE Executive Advisors

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