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Está na altura de Agir

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São já seculares os traços comuns da gestão de empresas onde as intrincadas linhas de reporte, a definição rígida de orçamentos anuais, a cultura excessivamente orientada para a conformidade e mais recentemente a separação entre negócio e tecnologia, acabam por originar um paradigma de inércia e de gestão por demais defensiva e por vezes paralisante.  

As organizações ágeis são as que compreendem que ser capaz de aproveitar a mudança é mais importante do que ser fiel a um plano rígido escrito sobre pedra e que as relações com clientes, fornecedores e parceiros são tão importantes como os procedimentos e ferramentas.

A Agilidade Organizacional (enquanto conceito mais amplo que o Agile) tem em si um valor intrínseco que se pode definir como a capacidade de as empresas conseguirem responder, aproveitar, de forma rápida e eficiente ao seu contexto e às mudanças com que se deparam, independentemente das suas práticas, metodologias e processos, sendo estes maximizados e não um obstáculo…

Um artigo recente da McKinsey vem oferecer uma nova luz sobre o tema da agilidade. A empresa lançou um inquérito a mais de 2.190 respondentes, de diversas indústrias e geografias com o objectivo de perceber o real impacto da agilidade e quais as práticas que garantem resultados em cinco quadrantes: estratégia, estrutura, processos, pessoas e tecnologia.

Do estudo resultam várias conclusões interessantes. Em primeiro lugar, a agilidade e a implementação de práticas associadas a esta metodologia têm impactos radicais no desempenho, resultando em ganhos de eficiência, satisfação do consumidor e performance operacional na ordem dos 30%.

Imagine trabalhar em uma equipa assim – ter as pessoas certas trabalhando juntas, todas com capacidades diferentes – permite que as organizações se movam com velocidade sem precedentes

A velocidade de decisão aumenta 5 a 10 vezes devido à simplificação dos modelos operacionais, à melhoria dos processos, mitigação de redundâncias e validações desnecessárias. Por via disso, também o Compromisso dos colaboradores cresce na ordem dos 30%, devido à maior clareza e autonomia no desempenho das funções.

A capacidade de inovação também é exponenciada pelas práticas ágeis, tendo-se verificado uma maior inovação nos serviços e produtos das empresas mais bem classificadas.

Ou seja, a Organização ao assumir-se como um espaço seguro para a experimentação, com autoridade delegada disseminada e fundos disponíveis para o efeito, permite ajudar a dinamizar a Inovação. As equipas, ao mesmo tempo, sentem-se mais comprometidas e entusiasmadas, com um propósito claro e mobilizador.

A análise dos dados revela também que em vez de esperarem que a mudança surgisse das bases, os líderes das empresas mais ágeis souberam fazer acontecer. Estas são as 4 práticas que garantiram cerca de 75% de sucesso em transformações organizacionais:

  1. Garantir que a Gestão de Topo está “on”: antes do lançamento é necessário ter a “compra” / aceitação dos líderes no projeto, e idealmente uma preparação prévia e sólida, dedicando o tempo suficiente, da “Top Team”, de forma a serem os verdadeiros líderes da mudança. Para que isso aconteça recomenda-se por exemplo a organização de encontros com pares de outras empresas e visitas a organizações consideradas ágeis.
  2. Ser intencional e ir atrás do valor: fazer um esforço concertado e sustentável desde o topo clarificando, ao longo da estrutura, a forma como a organização cria valor. Os líderes seniores têm de ser modelos a seguir dos novos comportamentos e mentalidade que se pretendem implementar.
  3. Ir além das “Equipas Ágeis”: é essencial reconectar os elementos do modelo operativo criando um tecido aglutinador entre: Estratégia, Estrutura, Processos, Pessoas e Tecnologia.
  4. Manter alta velocidade e usar pioneiros: os processos de transformação de maior sucesso são os que completam as fases principais nos primeiros 18 meses de projeto. Os pioneiros devem ser mais do que meros projetos piloto. São áreas que avançam primeiro e devem atingir resultados visíveis para manter viva a aspiração de mudança organizacional.

No extremo oposto do estudo, as organizações menos ágeis obtiveram uma pior pontuação em todos os 5 quadrantes – estratégia, estrutura, processos, pessoas e tecnologia. Estas são as principais razões para ainda não terem implementado projetos de transformação e metodologias ágeis: outros temas prioritários a que têm de dar atenção, falta de familiaridade com os conceitos e práticas ágeis, recursos insuficientes e resistência por parte dos líderes e colaboradores.

Se alguns ainda pensam que focar num tema implica ser à conta de outros, como por exemplo a redução de custos implicar menor satisfação do cliente, ou o foco na motivação dos colaboradores implicar menos eficiência, estão a incorrer num erro que os penaliza. As transformações na Agilidade Organizacional são também virtuosas pois a melhoria numa dimensão reforça também a melhoria noutra dimensão. As transformações mais bem-sucedidas, mostram um impacto cruzado em média em quatro das cinco dimensões.

Olhando para o futuro: Faça da agilidade a sua vantagem. Para aqueles que ainda não começaram, sublinhamos a importância de uma preparação sólida. Para aqueles que começaram, é hora de olhar em volta e analisar como está. Para aqueles que não estão a ver uma mudança de desempenho, reflitam sobre o porquê disso. Para aqueles que estão perto do fim, e olhando além, como pode melhorar?

Na TOWS & TOOLS sabemos que os desafios da gestão corrente deixam por vezes pouco espaço e tempo para que os gestores encontrem as respostas.  Por outro lado, também nenhuma organização deve ser uma “ilha” – temos o propósito de providenciar o terreno fértil para o pensamento criativo e para o reposicionamento dinâmico dos Modelos de Negócio e respetiva Inovação.

“A essência de uma transformação ágil é reimaginar a organização como uma rede de equipes de alto desempenho, apoiadas por uma espinha dorsal eficaz e estável de estratégia, estrutura, processos, pessoas e tecnologia. “

Francisco Gomes Viana

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