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Ensinar e aprender para um futuro melhor

A maior parte dos jovens está neste momento a fazer um dramático revirar de olhos com a primeira semana de mais um período do ano letivo. É para estes e para todos os outros que escrevo esta crónica.

Aprender é incrível: faz com que o monstro da ignorância – técnica e humana – desapareça. Tal é possível através do trabalho dos professores, não porque tenham poderes dignos de filmes da Marvel, mas porque têm poderes de adaptação, amor ao próximo e de esperança no futuro incrivelmente inabaláveis. Não acreditam? Então vejamos:

Muitas destas pessoas investem, por vocação e por serviço social, na criação de um futuro mais igual e mais feliz para várias gerações. Estas pessoas, às vezes até chatas ou exigentes, fizeram meticulosa formação em faculdades/escolas superiores, formação contínua (por conta própria e risco) e sobreviveram aos inúmeros cortes e agressões que um Estado historicamente ingrato lhes impôs. Sobrevivem, ainda, ao desgaste das inúmeras colocações e horários que os afastam das suas famílias e casas. Porquê? Porque querem ter emprego, é certo, mas também porque têm um claro objectivo de ajuda e esperança na construção de futuras gerações mais felizes, informadas e concretizadas.

Ao longo da minha vida tive vários/as professores/as. Poderia dizer que nenhuma destas pessoas foi igual entre si. Com alguns concordei muito, com outros em algumas coisas e com outros em quase nada. No entanto, de todas as experiências ficou um enorme legado: o do espírito crítico. Aquele “bichinho” que é ter acesso à informação para termos a capacidade, dotados de informação e conhecimento, de dizer: concordo, ou não, com este ou aquele assunto. E este é um grande privilégio e Direito que devemos sempre ter: o acesso à educação, que nos torna cada vez mais capazes de saber quem somos e para onde queremos ir.

É certo que nem tudo é belo e feliz na relação que se estabelece no processo de educação e aprendizagem: por vezes é duro, ingrato, stressante e parece que ninguém compreende que isto é um emprego difícil e a tempo inteiro. Mas, no futuro, o investimento vai fazer sentido.

Se parece pesado o preço e o desgaste com o estudo, imaginem o quão mais pesado não será o peso da ignorância: aquela que faz com quem as pessoas vejam o mundo de forma pequenina, estanque, sem entender que há mais mundo além daquilo que vemos a um palmo de distância.

Esta ignorância é aquela que, historicamente, nos fez votar em pessoas incapazes para governar o mundo. A mesma que nos fez construir uma sociedade que acha que existem pessoas que valem mais que outras, por uma questão de supremacia de classes, cor de pele, etnia, orientação sexual, género ou religião.

Acho que não queremos ser pequeninos, certo? Por isso, força nas canetas, tablets, computadores e força no último período do ano letivo!

 

 

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