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Emprego em Portugal: consolidação na inovação e algumas ameaças

A Adecco Portugal avança uma análise ao emprego em 2018 e expectativas para este ano. O ano que passou foi de grande atividade para todos os que operam nas áreas de recursos humanos. Desde indústria a serviços, praticamente todas as empresas de norte a sul do país tiveram grandes necessidades de contratação.

Em algumas zonas de Portugal o crescimento do número de vagas subiu mesmo 20%. Mas também assistimos a muitas substituições, por ter sido maior a rotatividade dos colaboradores, quando comparado com o ano anterior.

As diferenças salariais e o ambiente de trabalho (sobretudo no que respeita a qualidade da liderança e das chefias intermédias) determinou, de acordo com dados da Adecco, a maioria das decisões de os colaboradores interromperem missão e procurarem outra alternativa.

Esta rotatividade mais acentuada foi transversal a vários setores de atividade mas com maior destaque na indústria e na distribuição. Como nota bastante positiva assistimos a uma taxa de integração maior dos nossos colaboradores nas empresas, o que evidencia o ambiente de confiança económica em que vivemos.

“Além disso, evoluímos no que se refere à recetividade e valorização por parte das empresas quanto à avaliação e apresentação de colaboradores de faixas etárias superiores às mais tradicionais e frequentes nos processos de seleção (inferior a 40 anos), conseguindo-se assim uma contratação mais inclusiva”, destaca Carla Rebelo, diretora-geral da Adecco Portugal.

A mesma responsável avança que “o ano de 2019 promete ser de consolidação de apostas na eficiência e inovação fazendo com que todas as funções ligadas à tecnologia continuem a ter grande procura”.

Por outro lado, os dados macroeconómicos gerais e nacionais apontam para uma diminuição do declive de crescimento pelo que decisões relativas a transições de carreira serão mais ponderadas pelos colaboradores, sobretudo aqueles que ocupam posições de liderança.

O setor de indústria continuará a mostrar sinais de vitalidade enquanto os investidores considerarem que Portugal tem vantagens competitivas. Contudo, como alerta Carla Rebelo, “demasiadas e prolongadas reivindicações, sem demonstrar capacidade de diálogo, convergência ou vontade de traçar planos de ação conjuntos, começam a agitar demasiadas águas e a trazer à tona discussões sobre destinos alternativos a Portugal”. Esta será a principal ameaça para 2019 que pode e deve ser controlada internamente.

Quanto ao setor de retalho assistimos a um começo mais lento em 2019 e a uma minimização dos tempos de contratação em épocas de sazonalidade, o que, se por um lado otimiza os indicadores imediatos de eficiência económica, coloca em risco a possibilidade de garantir a colocação dos recursos necessários num momento em que os mesmos escasseiam, além de prejudicar o serviço ao cliente, por diminutos períodos para formação e acompanhamento das equipas de reforço, que se traduzirá inevitavelmente em perdas de vendas futuras.

 

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