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Emplumei as tuas cinzas com os meus ossos

emplumei as tuas cinzas com os meus ossos
nas tuas últimas pegadas plantei romãzeiras longevas
houve manhãs que se perderam nos faiais da noite porque a estrela polar lhes escondi
territórios houve que ficaram por nomear propositadamente
assim como as palavras dos grandes poetas
também o teu silêncio brilha no escuro
ébrio do mendigo que sou de ti
o sol aperfeiçoa em contínuo
os seus raios e pulmões
ouço corvos imitando rouxinóis
embalsamei a saudade
o odor do húmus da tua ausência tenta destronar o teu imorredoiro cheiro
diante de mim uma garrafa vazia
um caderno cheio e uma fotografia tua
amar só tem um sinónimo
será possível concluir esta travessia sem ti?

dm

 

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