Emílio Morais: a necessidade de escrever em português e francês
Chama-se “Impressions & Impressões” e é o segundo livro bilingue, de prosa e poesia, editado por Emílio Morais, escritor transmontano, natural de Macedo de Cavaleiros, há vários anos emigrado em França.
“O livro é declinado em duas versões e associo a cada poesia um texto em prosa. Os temas são muito variados”, explicou Emílio Morais ao jornal Mensageiro de Bragança.
Depois de uma primeira ida para França, a salto, em 1970, regressou a Portugal para cumprir o serviço militar obrigatório. Ainda chegou a ser colocado em Moçambique, já depois do 25 de abril, durante nove meses, que considera terem sido “de autênticas férias”.
Ainda esteve dois anos em Bragança, a trabalhar, “mas o apelo de França acabou por ser maior” e regressou novamente a terras gaulesas, onde tem estado desde então. “Não penso voltar”, diz.
Depois de uma carreira que começou “como a de tantos outros compatriotas, como servente, na construção civil”, acabou por ser técnico “numa câmara de 85 mil habitantes”, estando já reformado há dez anos.
O gosto pela escrita “adveio do facto de ler. A escrita já há alguns anos que me trabalhava o espírito. Comecei a escrever por volta dos anos 2000 mas sem intenção de dar a conhecer aquilo que escrevia”.
“Geralmente, os verdadeiros editores dificilmente publicam poesia, sobretudo de um autor que seja desconhecido. Mas a Chiado Books publicou o meu primeiro livro, ‘Temas e Poemas’”, recorda.
Agora, surge o segundo livro, editado pela Editions Abatos, de França, até porque, tal como o primeiro, este é um livro bilingue.