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Em consciência não posso deixar de dizer isto

Em consciência não posso deixar de dizer isto:

1) a historiadora Fátima Bonifácio, que não conheço, escreveu no ‘Público’ um artigo polémico, mas que de modo nenhum apela ao ódio. Salienta diferenças culturais (que se podem considerar generalizações abusivas) entre europeus, ciganos e negros;

2) A brigada do costume inundou o ‘Público’ com mensagens a perguntar como pôde o jornal publicar a heresia;

3) O ‘Público’, de que sou e continuarei a ser assinante, justifica-se atabalhoadamente. Inclusive dizendo que não protegeu suficientemente a recusa da discriminação que faz parte do seu ADN;

4) O que queria a turba? O que quer? Que posições como as da historiadora Fátima Bonifácio sejam escondidas; que ela seja condenada a uma espécie de ostracismo comunicacional?

5) Que pretende o ‘Público’? Que todos os seus leitores são adeptos da turba e querem lançar à fogueira a historiadora?

Não podemos ser tolerantes com os intolerantes. Mas a haver discurso de ódio foi da turba, que não quis ler o que lá está escrito e optou pelo insulto.

Desculpe-me o diretor do diário que ainda sobrevive à crise, Manuel Carvalho, jornalista que estimo, mas deste modo fica-se nas mãos da minoria ativista.

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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