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Eleições: já é tabú

O tabú de Marcelo Rebelo de Sousa é prejudicial para a democracia, para o seu exercício, mas, e sobretudo, para o debate de ideias, o propósito de qualquer campanha eleitoral.

As campanhas eleitorais são, e muito bem, um direito maior para as eleições políticas e partidárias.

Goste-se ou não, é importante e tem que se valorizar – muitas vezes falamos que a campanha XYZ esclarece nada, isto e aquilo e ainda aqueloutro. Queixamo-nos que derivam para o devaneio.

Eu mesmo o digo reiteradamente: que não vão no sentido do seu objectivo, e que uma das várias repercussões é a falta de motivações dos cidadãos, dos eleitores. Mobilização que no que toca a eleições presidenciais é mais parca.

Marcelo Rebelo de Sousa, quer seja ou não candidato, não está a prestar um bom serviço. Podemos crer que é mais uma das suas peculiaridades, que é até humildade.

Ok! Mas que se decida, mas mais que decidir-se – e sabemos a sua decisão, que cumpra e faça cumprir a portugalidade. As eleições à presidência da República.

Há e há-de haver muitas decisões ou indecisões a colmatar. São máquinas de candidatos, material campanha…

São os demais candidatos que não beneficiam da campanha de Marcelo Rebelo de Sousa, condição lógica do exercício da presidência.

Não podemos escamotear isso. Podemos saber que é hipotético, e é. Mas ninguém pode estar pendente das decisões da agenda pessoal do cidadão Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa pode, e acredito que é – querer mostrar humildade e tudo o mais que se entende e subentende. Mas não deve coarctar direitos e deveres, decisões generalizadas e diversas ou diversificadas.

Só que também estamos num ambiente inimaginável antes de o estarmos a viver que tem que ser observado.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

 

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