E se um dia for voar e o seu bilhete não valer nada?
Uma mulher suspeita de burlar dezenas de pessoas com a venda de passagens aéreas, causando prejuízos estimados em cerca de 100 mil euros, foi detida e constituída arguida na quinta-feira pela PSP de Portimão.
Em comunicado, o Comando Distrital de Faro da Polícia de Segurança Pública (PSP) indicou que a mulher, funcionária de uma agência de viagens, emitia, alegadamente, “documentação falsa à revelia da empresa para a qual trabalhava”, apropriando-se dos respetivos valores.
A alegada atividade criminosa “resultou num desvio de verbas que ascende aos 100 mil euros”, causando prejuízos aos passageiros e à própria agência de viagens, notou a polícia.
Segundo a PSP, a mulher está indiciada pelo crime de burla pela venda, “em larga escala, de títulos de viagens fictícios”.
A detenção ocorreu no âmbito de uma investigação titulada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Portimão, após vários passageiros terem denunciado a alegada burla, detetada à chegada aos aeroportos.
“À chegada aos aeroportos, eram informados [os passageiros] pelas companhias de aviação de que os bilhetes que tinham adquirido, com destino a países do continente africano e da América do Sul, não eram válidos nem existiam nos respetivos sistemas”, lê-se na nota da PSP.