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Documentário português “Nteregu” estreia em Bissau

© DR

O documentário “Nteregu”, dos realizadores portugueses Roger Mor e Manuel Loureiro, terá a sua anteestreia este sábado, 10 de maio, às 18h00 (hora local), no Espaço Camões – Centro Cultural Português, em Bissau. A entrada é livre e o evento faz parte da mostra de cinema de Mandjuandadi 3, no âmbito da Bienal MoAC Biss.

O documentário será apresentado pelo realizador Roger Mor pela e a diretora de produção Maria M. Andrade. A atividade começa com mini-concerto de abertura com Juca Delgado e Alana Sinkëy.

Dirigido ao público em geral, com especial enfoque nos jovens e nos artistas, “Nteregu” é um poema visual e oral que conta e canta a história da música da Guiné-Bissau. Da Tina à cultura dos mandjuandadi, das tabancas dos Djidjius às pistas de dança da Europa, esta é uma viagem secular que revela as origens e o destino da música guineense moderna.

“Nteregu” mergulha no património imaterial do país, destacando as tradições orais, as músicas ancestrais e os saberes populares que têm passado de geração em geração. O filme é uma homenagem à memória coletiva guineense e àqueles que a vivem e preservam.

Cada história contada, cada canto entoado e cada gesto partilhado pretendem transportar o espectador para uma realidade onde a oralidade continua a ser uma das formas mais ricas de transmissão de conhecimento e identidade.

Com uma duração de 70 minutos, o documentário é também uma homenagem às mulheres guineenses que, graças à Tina — instrumento tradicional —, lançaram as bases culturais da nação, abolindo barreiras culturais e unindo grupos étnicos em torno da música. Curiosamente, “Nteregu” é uma palavra que evoca escuta e respeito — princípios que norteiam todo o trabalho dos realizadores.

As filmagens decorreram na Guiné-Bissau entre abril e maio de 2023. O documentário conta com a produção da Associação Ser Mudança e apoio à pós-produção do Instituto Camões e da União Europeia.

A estreia no Centro Cultural Português reforça o papel deste espaço como ponto de encontro entre culturas e como promotor de iniciativas artísticas que dão voz a narrativas africanas contadas por quem delas faz parte.

Acrescente-se que a Bienal MoAC Biss decorre de 1 a 31 de maio e é a primeira edição deste evento dedicado à arte e cultura da Guiné-Bissau, com o lema “Mandjuandadi: Identidades em Liberdade”. A bienal pretende fortalecer a produção cultural guineense e criar espaços de intercâmbio entre artistas locais e internacionais. Esta iniciativa conta com o apoio da Equipa Europa, entre outros parceiros nacionais e internacionais.

Veja o trailer:

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