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Dia dos namorados?

Devo dizer que me estou perfeitamente a marimbar para o dia dos namorados! Também dizer que nada tenho contra quem oferece almofadas em forma de coração, ursinhos brancos muito giros e entopem os restaurantes em ceias românticas. Nada contra, mesmo nada contra, que todas as minhas inquietações sejam essas.

Agora não me obriguem a participar como se amasse menos porque não vou jantar fora no dia 14 de Fevereiro, nem compro flores, que nem me lembre dessas coisas, e que por mim dava uma cabeçada no S. Valentim e a seguir cortava-lhe uma perna! E assim passaria a ser santo e também mártir que seria algo que honraria o dia.

Dia dos namorados na minha perspectiva não tem dia nem hora marcada, é quando nos apetece e não quando a Cristina Ferreira começa a dizer que é, e faz concursos e dá guinchos. Uma relação amorosa é algo íntimo, que só a essas duas pessoas diz respeito, que possuem as suas datas para comemorar decisões e bons momentos e não necessitam de afirmações e compromissos formais à luz das velas e ao sabor de um leitão assado ou de pato com amêndoas.

Uma vez fui jantar inadvertidamente com um amigo num dia dos namorados porque ele estava de passagem em Coimbra tínhamos assuntos para tratar e olhem que não foi fácil e ia acabando tudo à porrada quando o empregado de mesa sugeriu o Menu Romântico! O clima intimidatório dentro de restaurante com todos os olhos postos em nós, e depois a cereja no topo do bolo com a sugestão do funcionário esfrangalhou a paciência desse meu amigo que ferve em pouca água.

De maneira que é assim…

Bom dia de namorados a quem o chama de seu.

Pedro Guimarães

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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