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Deputados questionam governo sobre anulação de voos que afetam comunidades

Deputados do PS pediram explicações ao ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, sobre a “anulação ou cancelamento de voos da TAP que atingem particularmente as comunidades portuguesas”. De acordo com os deputados Paulo Pisco (círculo eleitoral Europa), Carlos Pereira (Madeira), Lara Martinho (Açores) e Paulo Porto (fora da Europa), têm surgido “muitas queixas sobre a anulação e cancelamento de voos, havendo mesmo pessoas que ficaram com as férias prejudicadas, tendo por vezes até de assumir custos inesperados” – isto, dizem, “sem qualquer respeito pelos direitos dos passageiros”.

A iniciativa parlamentar inquire o ministro sobre a razão do cancelamento de “voos oriundos de aeroportos europeus, particularmente de França, Luxemburgo, Suíça ou Alemanha”, qual a redução dos voos para estes quatro destinos e o que é que se prevê para os próximos meses.

Além disso, questiona-se a política de compensação que está a ser desenvolvida pela companhia aérea juntos dos clientes, se há uma ideia de quando serão retomados os voos para a Venezuela (cancelados por iniciativa de Caracas antes da pandemia) e se avança a intenção de uma ligação directa para a África do Sul.

As perguntas endereçadas pelos deputados do PS ao ministro Pedro Nuno Santos surgem num contexto de manutenção das críticas por parte da Associação Comercial do Porto sobre as rotas da TAP a partir desta cidade, com o seu presidente, Nuno Botelho, a afirmar ao Jornal de Notícias, que “o Governo, aparentemente, demitiu-se de ter qualquer opinião nas decisões estratégicas de retoma de voos da TAP”.

Isto depois de, no início de junho, diversas entidades do norte do país terem afirmado que a região se sentia “humilhada” pela “desproporção gritante entre a retoma de operações no aeroporto Humberto Delgado e os restantes aeroportos do país, em particular o aeroporto Francisco Sá Carneiro”.

As reclamações tiveram eco, nomeadamente junto do Governo, e a TAP acabou por afirmar que ia rever o plano – as operações conhecidas eram as previstas para julho e agosto. Houve algumas mudanças, mas o certo é que, dos exemplos dados então pelas entidades do Norte que se juntaram na reclamação de Junho como “operações rentáveis” e que iam “ao encontro do apelo e das necessidades da região” em relação à Europa, apenas Londres avançou. Pelo menos até ao final de outubro, não há, ao contrário do sugerido, voos previstos do Porto para Madrid, para Genebra, para Barcelona, para Bruxelas ou para Frankfurt.

 

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