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Cristina Branco ultima novo disco

“Eva” o novo trabalho de Cristina Branco está a ganhar forma numa residência artística em Loulé, seguindo depois para Copenhaga, onde o seu alter ego vai amadurecendo num introspeção lírica e musical.

No Solar da Música Nova, em Loulé, foi a própria artista que abriu a porta aos jornalistas, num convite a que entrassem no auditório, que, durante uma semana, se transformou na sala de ensaios dos quatro músicos envolvidos na criação do novo disco.

“Uma residência artística era algo que gostava de voltar a experimentar”, revela Cristina Branco, depois da “pequena experimentação” do ano passado na Ponta do Sol, na Madeira. Por isso, quando surgiu o convite da Câmara Municipal de Loulé, não hesitou.

“Queria mostrar outras partes de Portugal e criar ‘camada’ nas novas músicas, ao mesmo tempo que trabalhamos a componente visual, com a [realizadora] Joana Linda” afirma a cantora.

Era também a oportunidade para dar corpo a Eva Haussman, personagem criada por si, há 15 anos, “para ultrapassar um momento difícil” na vida e que decidiu “trazer para a luz”, neste novo trabalho.

O ambiente é descontraído, bem mais arrumado do que se espera de uma normal sala de ensaios, mas o ideal para trabalhar o material que veio na bagagem: o resultado do desafio feito a vários compositores e já trabalhadas na sala de ensaio.

A residência permite uma concentração total no trabalho, sem distrações, criando a envolvente ideal para se irem acrescentando “instrumentos e vozes” ao produto inicial para que “o resultado final soe a Cristina Branco”, afirma.

“[O álbum] ‘Eva’ será um disco que dá vida à Eva Haussman e, na sequência da ‘Menina’ e do ‘Branco’, fala de pessoas”, revela a cantora.

Ao longo de um ano, Cristina Branco foi criando um diário em “vários instantes” da sua vida, que resume o “conceito” Eva. Um documento que apresentou aos compositores convidados a quem desafiou para contarem a história e a darem o seu olhar sobre a Eva, personagem que lhe é “tão pessoal”.

Pedro da Silva e Luís José Martins, André Henriques – o seu “trovador fetiche” como lhe chama -, Filho da Mãe, Márcia, Francisca Cortesão, Filipe Sambado, Kalaf Epalanga e até “a própria Eva” dão a sua contribuição para o novo trabalho, num resultado que “surpreende sempre”, pela positiva, afirma, entre sorrisos.

Em Loulé, é aos músicos Luís Figueiredo (piano), Bernardo Couto (guitarra portuguesa) e Bernardo Moreira (contrabaixo) que cabe a tarefa de, juntamente com Cristina Branco, encontrarem o rumo certo a dar aos “dez ou onze temas” que vão fazer parte do disco.

No ensaio aberto a que a Lusa teve acesso, foram dadas a conhecer as canções: “Prova de Esforço” (composta por Pedro da Silva Martins), “Delicadeza” (Francisca Cortesão) e uma música de Filipe Sambado inspirada na ‘selenofobia’ (fobia pela lua), “nome muito pouco chamativo”, graceja a cantora, por isso, “deverá ficar ‘Feitio’ ou ‘Mau Feitio'”, ainda está por decidir.

Os temas refletem abordagem que os novos compositores trouxeram à música portuguesa, embalados pela toada jazzística dos músicos que acompanham a cantora e a musicalidade que a voz de Cristina Branco imprime à sua música.

Em relação a participações externas, Cristina Branco prefere não adiantar pormenores, mas deixa transparecer que se podem aguardar surpresas… Por outro lado pode estar já escolhido o tema que irá apresentar o disco, mas também não foi revelado.

De Loulé, o quarteto parte para Copenhaga, na Dinamarca, “cidade natal” de Eva Haussman, onde se segue o próximo estágio de maturação do disco, antes da entrada em estúdio, no início de dezembro. O lançamento está marcado para 20 de março de 2020.

 

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