O Poeta dorme a sesta num campo de feno
O pavor do Rei é como o rugido de um leão
A poesia oferece seu regaço fresco e moreno
O vinho é zombador e indisciplina o coração.
A poema é amor um fogo aceso que consome
Quem se ira está arriscando sua própria vida
A poesia tem o seu coração cheio de fome
O preguiçoso dorme no verão e a colheita é perdida.
O poeta grita na praça e põe seus louros velhos
Golpeia um zombador para que se torne prudente
A poesia ostenta seus lábios doces e vermelhos
O tolo abre sua boca e provoca toda a gente.
A arte clama nas praças mostrando sua beleza
Filhos maltratam seus Pais provocando desonra
Um cidadão inteligente ostenta sua nobreza
Muitos filhos ingratos não dão nenhuma honra.
A poesia anda na rua e sua mensagem não divaga
O preguiçoso não leva sequer a tigela a boca
Uma escrita activa tem força e não se apaga
A testemunha imprestavel é fútil e também louca.
Os planos do diligente trazem bons resultados
Todos os precipitados acabarão na pobreza
A língua dolosa só produzirá rendilhados
Mas a língua do justo exalta sua grandeza.
JOSÉ VALGODE