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Conselheiros no Reino Unido: há xenofobia e discriminação pós-Brexit

Vários emigrantes portugueses no Reino Unido estão a ser afetados por “xenofobia e discriminação” relacionada com o “Brexit”, de acordo com o relatado pelos conselheiros em território britânico, junto do Conselho Regional da Europa (CRE).

À Lusa, a presidente demissionária do CRE das Comunidades Portuguesas, Luísa Semedo, afirmou que os conselheiros eleitos pelo Reino Unido relataram que há portugueses que estão a ser afetados por “xenofobia e discriminação”, impulsionada pela saída da União Europeia.

“São casos mesmo muito graves. Estamos a falar de portugueses que têm medo de falar português na rua, porque podem ser, de alguma forma, agredidos – verbalmente, pelo menos – e isso é gravíssimo”, disse Luísa Semedo, num balanço final da reunião de dois dias que reuniu conselheiros de países europeus no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Luísa Semedo referiu estes temas têm na génese “um crescimento da extrema-direita”, que “também está presente em Portugal”.

“Não nos podemos esquecer que lá fora somos estrangeiros, é assim que nós somos tratados e, portanto, todo este crescimento da extrema-direita é muito perigoso para nós”, acrescentou.

A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, considerou que “é evidente” que a presença de discursos nacionalistas pode possibilitar o surgimento de “um discurso xenófobo e racista um bocado com mais força”, acrescentando que Portugal “não está imune” a discursos xenófobos.

“Da parte da Secretaria de Estado das Comunidades, nós, sempre que tenhamos conhecimento de alguma espécie de abuso ou de algum tipo de situação em que consideremos que devamos intervir, certamente o faremos”, garantiu Berta Nunes, advogando que perante estes discursos “a tolerância deve ser zero”.

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