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Conhece Karina Kimmig?

Karina Kimmig é uma referência internacional em estudos humanísticos e motivacionais para o desenvolvimento humano, autora do livro “Como se tornar o seu próprio mestre”, colunista do BOM DIA e ainda presidente da ECA – European Coaching Association no Brasil e da “International Humanistic Coaching Society”.

Karina Kimmig recebeu o prémio Top Coach Alemanha da revista Focus em 2016, bem como o prémio de “Competência Profissional Mulher” em 2021, no Brasil, e é co-autora, a par de Fridolin Kimmig, do sistema “MHM-More Humanistic Methodology”.

Pelo nome poderíamos pensar ser de origem alemã, mas Karina Kimmig fala em bom “português do Brasil”, embora não tenha nascido em nenhum destes países nem em Portugal. Nasceu em Luanda, na então província ultramarina de Angola. 

Para se ser português não tem que se nascer em Portugal, por isso existe a diáspora dos descendentes de portugueses pelo mundo. Muitos portugueses nascem e vivem noutros rincões do planeta, têm filhos por lá, nas colónias ou na emigração pelo mundo, e não perdem a ligação emocional e familiar com a terra dos antepassados. Sem dúvida que os laços genéticos e as ligações familiares são fundamentais, mas conhecer e amar a cultura, a língua, a gastronomia e as tradições milenares lusas ajudam-nos a manter a ligação à pátria lusa. É o caso de Karina Kimmig, que usa o apelido do marido, mas vem de famílias ancestrais das zonas de Viseu e Castelo Branco, a origem dos Milheiros e dos Malheiros.

É neta do antropólogo e escritor Mario Milheiros, que se dedicou a estudar as culturas indígenas em Angola, com uma vasta bibliografia, como “Etnografia Angolana”, “O Quimbundo”, “Crocodilo, ou o Embondeiro Maldito”, entre outros.

Do seu pai, gestor e consultor internacional, Karina recorda o conselho e o exemplo de viajar pelo mundo e de procurar “a felicidade”.

Em 1974, a sua família, na sequência da guerra civil em Angola, foi obrigada a procurar segurança noutros destinos, o que os levou ao Brasil, onde Karina Kimmig chegou com um ano de idade. Por lá ficaram 15 anos (Rio de Janeiro e São Paulo), o que lhe deixou um amor particular pelo país e a característica do falar português com a “pronúncia do Brasil”. 

Em 2011, com 16 anos, foi estudar para Portugal, onde encontrou a liberdade para sair com os amigos e ser independente. “Eu adorei Portugal”, afirma. 

Fez Estudos Internacionais, tendo Adriano Moreira como professor. Depois trabalhou em consultoria de gestão e começou a empresa “More Institute”, optando, em 2006, por viver na Alemanha, onde acabou por partilhar a vida com o marido alemão, Fridolin Kimmig, durante 12 anos.

Depois de ter vivido no Brasil e também na Alemanha, países que adorou, Karina guarda uma ligação especial ao Alentejo. Depois de trabalhar em Beja e Évora, e de conhecer a Costa Vicentina, a sua voz anima-se com as memória ao falar da comida, das paisagens e das suas gentes e tradições. Estas experiências permitem-lhe reconhecer no Brasil a influência que as diferentes regiões portuguesas transportaram para os estados brasileiros.

Sobre o recente “êxodo” dos brasileiros para Portugal, alerta para aqueles que “entraram de gaiato, no navio”, sem a devida preparação e conhecimento do que vão encontrar na Europa, mas refere as vantagens para ambos os países, ao nível empresarial, bem como o fortalecimento e melhoria do conhecimento mútuo entre os dois países de língua portuguesa. 

Hoje voltou a emigrar para o Brasil, por opção de vida, sem perder as ligações com a família, que voltou toda para a “origem ancestral”, em Portugal. Recorda com admiração a mãe e a sua avó, com 95 anos, ainda totalmente independente, que considera um exemplo dos genes das mulheres portuguesas “fortes e determinadas”, como se vê a si própria.

Muitas vezes no estrangeiro perguntavam-lhe: “és portuguesa, não és?”, surpreendidos pela forma determinada e perseverante com que encara os desafios. Aproveita para recordar a quem não conhece a lenda da “padeira de Aljubarrota”, recorda divertida, entre risos.

#portugalpositivo

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