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Coimbra promove inovação social

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A comunidade intermunicipal da Região de Coimbra (CIM/RC) apresentou uma iniciativa, que terá a duração de três anos e que inclui uma incubadora de projetos de inovação social, revelou o vice-presidente daquela entidade.

“Queremos que a incubadora dê respostas a empreendedores sociais”, disse Carlos Monteiro, vice-presidente da Região de Coimbra e presidente da Câmara da Figueira da Foz, adiantando que iniciativa apresentada visa “promover o empreendedorismo e a inovação social” em cada um dos 19 municípios da CIM/RC.

Filipe Cardoso, do Centro de Inovação Social / i9 Social, afirmou, por seu turno, que o programa destina-se a empreendedores e organizações do setor social, setor público, empresas e universidades, e que a incubadora, que estará a cargo do Instituto Pedro Nunes (IPN), “uma referência na incubação”, irá tentar “por no terreno o trabalho de todos em conjunto”.

De acordo com o responsável do programa, este visa “desenvolver soluções inovadoras para problemas sociais”. Avisou, no entanto, que o projeto “não vem substituir nada do que é tradicional, mas quer ser complementar”.

“Para novos desafios, novas respostas”, enfatizou Filipe Cardoso, mesmo assumindo que “vai levar algum tempo” a serem aplicadas estas medidas.

“Tudo o que é novo é mais difícil [de implementar] em relação ao que já se faz há 30 anos”, reconheceu.

A metodologia do projeto inclui a medição e monitorização do seu impacto social em cada um dos 19 municípios da Região de Coimbra, a maior comunidade intermunicipal do país, através de um Observatório para o Impacto Social, que recolherá dados das redes de cooperação e parcerias a estabelecer.

“Todos terão avaliação de impacto”, esclareceu Filipe Cardoso, afirmando que essa avaliação estará disponível num relatório no final do projeto, em 2022.

Questionado pela Lusa sobre exemplos práticos de inovação social, Filipe Cardoso apontou a Associação Escolíadas, (promotora do i9social e sediada no município da Mealhada), com trabalho realizado na promoção do sucesso escolar e prevenção do abandono escolar, através das artes, entre outras intervenções.

O trabalho com cada um dos 19 municípios da CIM/RC, acrescentou Filipe Cardoso, passa por identificar propostas “que todos têm e já existem ou outras que são inovação social e não estão estruturadas”, reunindo no projeto uma ou mais entidades locais.

A iniciativa apresentada tem uma dotação orçamental de 250 mil euros – financiada a 70% pelo programa Portugal Inovação Social e em 30% pela CIM/RC – e inclui, para além destes dois organismos, o IES – Social Business School, Universidade de Coimbra (através do Observatório de Cidadania e Intervenção Social da faculdade de Psicologia e Ciências da Educação), IPN e a consultora Skillent, especializada em soluções para problemas sociais.

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