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‘Chef’ andaluz elogia cozinha portuguesa

O ‘chef’ andaluz Ángel León defendeu que a alta cozinha ibérica está cada vez mais segura sobre “as suas raízes e o caminho a seguir”, quando se aproxima a apresentação do Guia Michelin, em Sevilha.

“Acredito que tanto a cozinha portuguesa como a espanhola têm cada vez mais claras quais são as suas raízes e qual é o caminho a seguir”, disse, em entrevista à Lusa, o ‘chef’ do “Aponiente” (três estrelas Michelin, em Cádiz, Sul de Espanha), que coordena o jantar da gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020, que decorre em Sevilha.

Para Ángel León, “os grandes” cozinheiros de ambos os países são “defensores da tradição” do seu território e “grandes amantes” dos produtos nacionais.

Sobre o panorama atual da gastronomia portuguesa, o ‘chef’ apontou, “entre outros”, os exemplos do português Henrique Sá Pessoa (“Alma”, em Lisboa) e do austríaco Hans Neuner (“Ocean”, Algarve) – ambos com duas estrelas Michelin -, que, considerou, “representam essa nova cozinha portuguesa com personalidade, atlântica, [e são] defensores dos peixes e mariscos locais”.

Na gala de apresentação da edição do próximo ano do Guia Michelin da Península Ibérica, os cerca de 500 convidados – entre empresários, cozinheiros e imprensa – poderão degustar as propostas de oito ‘chefs’ andaluzes, incluindo Ángel León, no histórico edifício do Casino da Exposição, construído para a Exposição Ibero-americana de 1929.

Cada um dos oito cozinheiros vai preparar quatro pratos e “teve liberdade” para decidir o que pretendia apresentar. “Ninguém vai ficar com fome”, garantiu, entre risos.

A gala assinala também os 110 anos do lançamento do Guia Michelin Espanha e Portugal, o que, para Ángel León, “implica uma maior responsabilidade e respeito”.

“A Andaluzia está num momento gastronomicamente sublime e que uma gala tão importante se realize aqui é algo que nos faz orgulhar e mostrar o nosso melhor”, comentou.

Questionado pela Lusa sobre as suas perspetivas para as distinções que serão anunciadas, o ‘chef’ disse esperar “uma chuva de estrelas para a cozinha de qualidade”.

A Michelin anunciou recentemente que 2020 será “um ano excecional” para a gastronomia de Portugal e Espanha, “com um crescimento em todas as categorias”, em particular na atribuição de uma estrela.

Portugal detém atualmente seis restaurantes com duas estrelas (‘uma cozinha excecional, vale a pena o desvio’) e 20 com uma estrela (‘uma cozinha de grande fineza, compensa parar’).

Será conhecida a decisão da Michelin em relação ao restaurante “Henrique Leis” (Almancil), depois de, no verão passado, o ‘chef’ com o mesmo nome ter comunicado a intenção de abdicar da estrela que detinha há 19 anos, alegando cansaço e vontade de fazer outras coisas.

A posição oficial da empresa em situações como esta tem sido a de que a decisão de atribuir ou retirar estrelas é dos inspetores e não depende da vontade dos cozinheiros.

Portugal ainda não tem nenhum restaurante com três estrelas Michelin (‘uma cozinha única, justifica a viagem’).

Espanha tem, na edição atual, 11 restaurantes com a distinção máxima, 25 com duas e 170 com uma.

Certa é a perda das três estrelas do restaurante homónimo de Dani García (Marbella, Sul de Espanha), onde o ‘chef’ andaluz serviu o último jantar no sábado passado, um ano depois de ter alcançado o galardão máximo, na gala que decorreu em Lisboa.

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