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Champions: Benfica teve o pássaro na mão…

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O Benfica deixou fugir uma vantagem de três golos na receção ao Inter Milão (3-3), na Liga dos Campeões de futebol, marcada pelo ‘hat-trick’ de João Mário e decisões de arbitragem muito polémicas.

Na partida da quinta jornada do Grupo D, João Mário colocou o conjunto de Roger Schmidt a vencer por 3-0 no primeiro tempo, com golos aos cinco, 13 e 34 minutos, mas o Inter Milão empatou na segunda parte, com os tentos de Arnautovic, aos 51, Frattesi, aos 58, e Alexis Sánchez, aos 72, de grande penalidade.

António Silva, que já tinha sido expulso na primeira ronda, diante do Salzburgo, voltou a receber ordem de expulsão, já aos 86 minutos, num lance que afastou a hipótese do Benfica em vencer, obrigando a um ‘milagre’ precisamente no reduto dos austríacos, na última ronda, para ainda ‘sonhar’ com o play-off da Liga Europa. Para tal, terá de vencer por dois ou mais golos de diferença na Áustria, perante um adversário que, neste momento, tem mais três pontos.

O Benfica repetiu o ‘onze’ inicial que derrotou o Famalicão (2-0), na Taça de Portugal, enquanto o Inter Milão operou uma autêntica ‘revolução’ na sua equipa, a pensar no duelo do próximo fim de semana com o Nápoles, a contar para o campeonato italiano.

Em relação ao encontro da primeira volta, no Estádio Giuseppe Meazza, os milaneses apenas mantiveram Acerbi no centro da defesa, mudando 10 elementos para a partida no Estádio da Luz, para onde foram já apurados, embora sem a liderança assegurada.

Já eliminado e ainda sem pontos, mas com o ‘mal menor’ da Liga Europa em aberto, o Benfica entrou dominante e determinado em meter um ‘ponto final’ na crise europeia, e conseguiu-o com um primeiro ‘golpe’ de João Mário à ex-equipa, aos cinco minutos.

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António Silva, com um excelente passe longo, descobriu Tengstedt e este, de cabeça, muito inteligente, colocou em João Mário, que surgiu em posição frontal e de primeira disparou para o tento inaugural, que inicialmente foi invalidado, por um alegado fora de jogo do dinamarquês, uma decisão revertida – com razão – pelo videoárbitro (VAR).

A entrada fulgurante das ‘águias’ na partida, perante um grupo de jogadores do Inter Milão claramente sem rotinas, permitiu uma vantagem confortável, por culpa de um inspirado João Mário e um Tengstedt que, desde que decidiu o dérbi, se ‘transformou’.

Aos 13, uma recuperação de Tengstedt, ainda no último terço atacante, originou novo golo do Benfica, com o dinamarquês a entregar a Rafa, que não conseguiu finalizar, e a bola a sobrar para João Mário, a bater novamente Audero, sem quaisquer dificuldades.

Tengstedt, aos 11, e Di María, aos 23, também estiveram perto de ‘faturar’, com o Inter Milão a ameaçar uma vez, aos 26, mas Arnautovic viu Trubin fazer uma ‘mancha’ que manteve o resultado, dilatado pouco tempo depois, através do ‘suspeito do costume’.

O primeiro ‘hat-trick’ da carreira de João Mário, e o primeiro de um jogador do Benfica na ‘era moderna’ da Liga dos Campeões – ou seja, desde 1992/93 – surgiu aos 34 minutos, quando se limitou a encostar um excelente trabalho de Tengstedt, beneficiando ainda de um ligeiro desvio.

No entanto, na segunda parte tudo mudou e um Benfica ‘adormecido’ viu os italianos apontarem dois golos no espaço de sete minutos, aos 51 e 58, já depois dos ‘tiros’ de Carlos Augusto e Aléxis Sánchez, para defesas de Trubin, que nada pôde fazer depois.

Na sequência de um canto, Arnautovic reduziu a diferença, surgindo ao segundo poste após um primeiro desvio de cabeça, em mais um lance revertido pelo VAR, a validar o golo que tinha sido inicialmente invalidado por um fora de jogo que, uma vez mais, não se verificou.

Frattesi, com um grande golo acrobático, e sozinho no ‘coração’ da área, fez o 3-2, com o Benfica a mostrar de novo ‘duas caras’ e, com o jogo na mão, adormeceu de repente, mesmo com a ocasião flagrante que Tengstedt, em contra-ataque, não logrou finalizar, graças à recuperação veloz de Bisseck que, na altura do disparo, intercetou na ‘hora H’.

O Inter Milão colocou os ‘pesos pesados’ em campo, ao fazer entrar Cuadrado, Barella ou Thuram, que protagonizou a primeira grande polémica do encontro, ao cair na área, após um toque muito leve de Otamendi, sancionado com grande penalidade e consumado em empate pelos italianos, aos 72, pelo chileno Aléxis Sánchez.

Antes do lance do penálti, João Neves caiu perto da grande área e a formação benfiquista ficou a pedir uma alegada falta.

Restabelecida a igualdade, e com um sentimento de revolta a instalar-se nos jogadores ‘encarnados’, o Benfica procurou recuperar a vantagem e um triunfo importantíssimo, mas esbarrou numa enorme defesa de Audero a um remate de longe de Di María (83).

A expulsão de António Silva – em mais uma decisão bastante polémica da equipa de arbitragem –, aos 86 minutos, impediu o Benfica de ir em busca do triunfo com todas as suas ‘armas’, optando por segurar este empate e procurar um ‘milagre’ na Áustria, em 12 de dezembro.

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