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Carlos Moedas quer congregar a direita para conquistar Lisboa

O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou que o objetivo da sua candidatura é congregar as forças “não socialistas, moderadas e progressistas” da cidade e derrotar o PS, na autarquia há 14 anos. Estamos perante novos tempos e muitos, incluindo aqueles que estão no poder, na câmara, no município de Lisboa há quase 14 anos, acho que não se deram conta que esses tempos já chegaram”, defendeu.

Carlos Moedas, que falava no átrio do Pavilhão Central do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, agradeceu ao seu partido, o PSD, assim como ao CDS, pelo apoio e também à Iniciativa Liberal pelo diálogo já encetado.

Referiu que o PPM, MPT e Aliança já lhe transmitiram apoio e salientou que pretende que outras forças se juntem. “Quero que outros se juntem. Sobretudo independentes vindos da sociedade civil, desencantados ou desinteressados da política ou simplesmente cansados desta governação socialista”, disse.

Questionado pelos jornalistas sobre a criação da mega-coligação e o facto de o cartaz que presente na iniciativa de hoje não ter nenhum símbolo partidário, Moedas disse que o seu “critério na vida tem sido sempre o mérito”, que “pode vir de pessoas que estão ligadas a partidos ou pode vir de pessoas que estão fora dos partidos”.

“E é realmente nisso que eu quero apostar. Em ter uma equipa que seja diferente, que tenha a capacidade de mudar Lisboa, porque aquilo que eu faço como pessoa não chega, aquilo que fazemos como indivíduos não chega. São as equipas”, defendeu.

“Espero voltar a ter oportunidade de estar aqui com aqueles que se juntarem, dentro de não muito tempo, para conseguirmos então apresentar essa coligação que terá logótipos de partidos, mas que também terá essas pessoas, esses independentes e essa visão para Lisboa”, acrescentou.

Relativamente às suas prioridades para a cidade, o ex-comissário europeu vincou que haverá “muito tempo” para as discutir, realçando, porém, que “é claro para os lisboetas que muitas das promessas que foram feitas por este presidente da câmara não foram cumpridas”.

“Estamos a falar da habitação, estamos a falar de seis mil casas que foram prometidas em habitação a renda acessível, estamos a falar em 14 centros de saúde que também foram prometidos e que não estão lá. Estamos a falar na mobilidade, estamos a falar de tantos aspetos”, sustentou.

Carlos Moedas sublinhou, igualmente, que Lisboa não pode concentrar-se apenas no turismo e nas feiras internacionais. “Lisboa tem que ser também para os lisboetas”, considerou.

Segundo o candidato à Câmara Municipal de Lisboa, a cidade dos “novos tempos” tem de centrar-se na resolução dos problemas concretos das pessoas, na Ciência, na Inovação e na Tecnologia, assim como na Cultura “como base inspiradora da cidade”.

Ao fim de cinco anos como comissário europeu, Moedas diz ter encontrado uma cidade “em que a pobreza e os sem-abrigo são cada vez mais uma realidade, em que o trânsito se tornou impossível” e “em que a sujidade das ruas salta aos olhos”. Por isso, o “que está em jogo”, reforçou, “é derrotar esta governação” da autarquia.

 

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