“Cap Magellan vai votar contra a extrema direita na eleição presidencial”. Este é o título do comunicado de imprensa que a associação de jovens portugueses e lusodescendentes em França enviou às redações.

A associação recorda que na segunda volta das presidenciais francesas, dia 24 de abril, os cidadãos de nacionalidade francesa, “incluindo cerca de 2 milhões de lusodescendentes nascidos em França, serão chamados às urnas para eleger o próximo Presidente da República Francesa”.

“Tal como em 2017, apelamos solenemente à juventude lusodescendente para bloquear a extrema-direita, representada pela candidata da Frente Nacional, Marine Le Pen”, defende a Cap Magellan argumentando que “nós, lusodescendentes, estamos imbuídos de uma dupla cultura: França e Portugal, no coração, no sangue”.

Para a associação “os jovens lusodescendentes são tolerantes: como os nossos pais emigrantes, ligam-se ao povo francês como a outras populações imigrantes, independentemente da cor da pele ou do continente de origem. A nossa juventude lusodescendente é humilde: não se coloca como modelo e recusa ser instrumentalizada como exemplo de boa imigração”.

Citando a candidata Marine Le Pen, a Cap Magellan recusa que seja preciso “refazer o povo francês”, considerando que estas palavras são “uma cuspidela na cara dos nossos pais e avós que, não conseguindo fazer-se franceses, contribuíram para fazer a França”. A associação termina o seu comunicado defendendo que “carregar uma segunda pátria no coração não nos torna traidores da França. É porque às vezes cruzamos sua fronteira que voltamos a ela amando-a ainda mais. Defendamos, através das urnas, os valores que temos: uma juventude humanista, iluminada, aberta, colorida, tolerante”.