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Camionistas portugueses sem trabalho há dois meses no Luxemburgo

A administração da companhia de transportes Da Costa Almeida, com sede em Esch-sur-Alzette, no Luxemburgo, desapareceu há cerca de dois meses, deixando para trás doze camionistas portugueses que, embora não tenham trabalho, se apresentam todos os dias de manhã naquela vila luxemburguesa.

A notícia foi avançada pelo Contacto, jornal que entrevistou alguns dos trabalhadores lesados pela empresa e que não esconderam a preocupação e a frustração que se tem feito sentir naquele seio laboral.

“Além dos problemas monetários, sinto uma desilusão enorme”, confessou ao jornal Joaquim Silva, empregado na Da Costa Almeida há cerca de 20 anos. De acordo com o próprio, os problemas financeiros da empresa começaram no início deste ano e, desde então, os salários começaram a chegar “apenas parcialmente e com grande atraso”.

“Tive de pedir dinheiro emprestado ao meu sogro para pagar a renda de casa e comprar o material escolar para os miúdos”, lamentou também António Ferreira, motorista que continua a apresentar-se ao trabalho, diariamente, às 8h00 da manhã.

Segundo informações veiculadas pelos meios de comunicação social luxemburgueses, sabe-se ainda que a Da Costa Almeida deixou de pagar Segurança Social em maio e que também não revalidou vinhetas indispensáveis para que os seus colaboradores possam conduzir profissionalmente nas estradas, algo que está a gerar pesadas multas.

O caso foi denunciado à OGBL, central sindical luxemburguesa, que apelida o caso de “complicado”. “Contactámos os patrões mas todas as cartas voltaram para trás porque a sede da empresa já não era sede de empresa nenhuma”, indicou o responsável pelo setor de Transportes da corporação, Svein Graas, como pode ler-se no artigo do Contacto.

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