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Bola: a distância apaixonada

Ante as guerras, as instabilidades que verdadeiros sequazes do futebol, aqueles que deliram com o que chamam desporto-rei, deviam promover entre si o que de tão saudável qualquer desporto deve ter – e o futebol muito mais por ser uma actividade que movimenta muita gente, muitos milhões.

Vemos antes promover a esmo tudo o que sirva para atiçar, dirimir, acirrar, promover o ódio, o mais puro e refinado fel, como alvo exactamente clubes [de futebol] que tomam por seus maiores “rivais”.

Ao invés de esconderem todas as atrocidades que perpassam pelo desporto que tanto amam, e nos locais próprios que são as respectivas sedes e federações lutar, sim, combater tudo o que de mal, muito mal tem, não. Vêmo-los instigar nos mais diversos meios de comunicação social – claro que redes sociais incluídas e em especial -, do modo mais ou menos refinado, mais ou menos aprimorado, mais ou menos original.

Mas sempre com ódio. Primário.

Qualquer desporto, cuja finalidade é o são, o sadio recreativo, deve sê-lo muito mais no futebol pela expressão que tem.

Vogam muita gente, diversos e variados interesses, e não devia ser um mundo de vergonha, onde uns quantos untam-se de dinheiro, privilégios e outras alcavalas, mas são aqueles que mourejam o ano inteiro que vão levar-lhes dos seus pobres recursos.

Devendo os profundos sequazes, o que grassa no mundo do futebol – futebol, designação mais fiel de desporto, discutir, lutar, fazer trintas linhas do campo, nos locais totalmente indicados, que são as sedes e federações dos clubes.

Mas não.

Lutam para ver quem são os mais grosseiros, os mais odiosos.

Depois vão esgrimir-se para os tribunais congestionados, já por si os temos também nessa área, e directa, mais ainda indirectamente, prejudicam um Estado que se quer de direito.

Estes sequazes cegos, apaixonados não vêm que são clubes e por isso as cenas devem ser tratadas entre si, seja com originalidade, mais ou menos ardilosamente.

E como eu pago alguns órgãos de comunicação social, não devo ser violentado permanentemente com uns treinos a abrir os maiores serviços noticiosos, cada vez mais integrado no normal alinhamento, tomado-me automaticamente por adepto de futebóis, por a qualquer instante nesses serviços se faz as maiores e coadjuvadas menções.

Dizem-nos que não nos podemos furtar a tal, que é como quem se depara na política, espectáculos e até literatura. Quem assim diz falta-lhe a isenção que não permite ver, procurar o saudável da questão.

Eu argumento solenemente que se fosse sequaz de futebol, ante toda a chafurdice deixava imediatamente de o ser.

E aí é que está o grave, o principal da questão.

A mim preocupa-me que diversas estruturas estatais como tribunais, televisões, sejam prejudicadas nos serviços correntes e normais já por si depauperados, porque são dinheiros meus – contribuinte. Por outro lado sou vítima da assumpção automática de que vou em futebóis.

Para aqueles adeptos ou clubes que têm febre contra determinados outros clubes, além de declararem o hilariante que chamam “cortes institucionais de relações”, não deviam confrontar-se entre si. Chegando o dia da jornada não se confrontem ou defrontem entre si.

Fora deste quadro doentio, distante e desapaixonado, tenho a visibilidade de que sou lesado.

Nada tenho contra que o desporto – o futebol júnior, lúdico, seja apoiado por dinheiros públicos enquanto amadores, enquanto actividade saudável.

Este texto é uma versão menos aturada que a original para não tomar mais tempo ao adepto e simultaneamente para não dar ainda mais espaço que o tem à beça em tudo o que seja via social.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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