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Bastonário da Ordem dos Médicos: covid é grave e informações falsas um problema

Em entrevista à emissão semanal “BOM DIA com pronúncia do norte”, na passada quarta-feira, o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, abordou questões ligadas à pandemia mas também questões gerais sobre a saúde em Portugal.

Uma das afirmações iniciais do bastonário foi sobre o facto de a pandemia ter sido mais bem gerida nos países dirigidos por mulheres, pois estas “ouvem as pessoas e tomam decisões”, explicou Miguel Guimarães. O médico considera que “isto não é coincidência, mas um facto”.

O Bastonário da Ordem dos Médicos debateu com os participantes habituais na emissão, José Luís Silva, Ana Príncipe, Miguel Kramer, Isabel Cunha e Miucha Baldinho, temas como a violência contra as mulheres ou a relação médico-doente.

Miguel Guimarães, respondendo a questões dos participantes, descreveu a importância da vocação para ser médico e a dificuldade que vivem os médicos, “um stress constante” que “faz parte da vida”, mas que, “dependendo das especialidades pode ser muito elevado”. Os médicos acabam por ter uma qualidade de vida mais baixa” e “entre eles há mais casos de suicídio”, defendeu.

No contexto da pandemia, Miguel Guimarães respondeu a uma questão de um seguidor da emissão sobre as tendências “negacionistas”, e quis salientar que esta pandemia “não é uma gripezinha porque se propaga muito rapidamente e acaba por provocar uma enorme pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde”.

E acrescenta o bastonário, muitos dos doentes de covid-19 podem não sobreviver sem cuidados médicos rápidos, “portanto “a doença é grave, e não vale a pena negar a doença”, refere o Bastonário da Ordem dos Médicos, acrescentando que “a covid mata e muito rapidamente”.

Miguel Guimarães pediu às pessoas que “não fiquem preocupadas”, mas que cumpram as regras. “Lavar com muita frequência as mãos é essencial”, explicou, assim como a utilização da máscara, insistiu o bastonário, “as regras de proteção individual e coletiva são a forma mais poderosa que temos para nos proteger”.

Miguel Guimarães considerou os números de internamentos arrepiantes: mais de 500 internados é um número nunca visto. “O combate a esta infeção depende de nós todos, não depende apenas do governo nem dos profissionais de saúde”, insistiu o médico, lamentando a circulação de falsa informação nas redes sociais, “o que exige muita informação por parte das autoridades”. O bastonário informou ainda que os casos de médicos que transmitam informações falsas serão tratados em conselhos disciplinares.

Somos um dos países europeus que mais médicos exporta”, anunciou Miguel Guimarães, acrescentando que Portugal é um dos países que mais médicos forma por mil habitantes. Os destinos dos médicos portugueses “são na sua grande maioria Alemanha, Reino Unido, Bélgica, França ou Suíça, até porque nem a Alemanha nem o Reino Unido formam os médicos que precisam”. Esta é uma opção, explica Miguel Guimarães, uma “aposta no multiculturalismo da classe médica”.

Veja a entrevista completa:

 

A “BOM DIA com pronúncia do norte” vai para o ar todas as quartas-feiras às 21 horas de Lisboa. Este espaço faz parte das emissões noturnas do BOM DIA em direto no YouTube e no Facebook. Às segundas-feiras fala-se de futebol em “BOM DIA vai à bola“, às terças é dia de “BOM DIA no feminino“, às quartas é o “BOM DIA com pronúncia do norte“, às quintas “BOM DIA dá música” e todas as sextas-feiras vai para o ar a emissão “Psicologia no BOM DIA“.

 

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