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Associação das Instituições Europeias de Migração reuniram-se em Fafe

Entre os dias 28 de setembro e 1 de outubro, decorreu a 32ª. Conferência Anual da Associação das Instituições Europeias de Migração (AEMI), uma rede de quarenta organizações europeias, fundada na Alemanha em 1991, que trabalham no campo da História das Migrações.

Este ano, a conferência, subordinada à temática “Refúgio e Acolhimento – Caminhos para a Inserção”, teve lugar no concelho de Fafe, uma cidade do interior norte de Portugal, situada no distrito de Braga, no coração do Minho, que desde o início do séc. XXI alberga o Museu das Migrações e das Comunidades. Um espaço museológico que integra a AEMI, e cuja missão assenta no estudo, preservação e comunicação das expressões materiais e simbólicas da emigração portuguesa, detendo-se particularmente na emigração para o Brasil do século XIX e primeiras décadas do XX, e na emigração para os países europeus da segunda metade do século XX.

No decurso dos três dias da conferência anual, dezenas de investigadores e especialistas provenientes de países como Espanha, Eslovénia, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Luxemburgo, Polónia, Itália, Finlândia e Portugal, analisaram e debateram temáticas prementes e comuns, mormente eixos de investigação e trabalho relacionados com migrações, asilo, fronteiras e refugiados.

Como foi o caso, por exemplo, do Município de Fafe que apresentou no decorrer da iniciativa, o programa de acolhimento criado para refugiados ucranianos que foram recebidos no concelho poucas semanas após o início do conflito. Por esta altura a “Sala de Visita do Minho”, na esteira de várias localidades no território nacional, acolhe várias famílias e cidadãos ucranianos que já se encontram perfeitamente integrados, tendo providenciado, entre outros mecanismos de suporte, cursos de português, colocação das crianças nas escolas locais e apoio à entrada dos jovens no ensino superior, entre muitas outras ações de apoio social e saúde implementadas em articulação com os programas nacionais.

Num período em que o número de ucranianos que deixaram o seu país desde a invasão russa ultrapassa já os 6,8 milhões, tornando-se a mais grave crise de refugiados da atualidade. E que o mundo vive imerso nas implicações socioeconómicas do conflito, a 32.ª Conferência Anual da AEM, assim como a onda portuguesa de solidariedade com a Ucrânia, que perpassa o país de Norte a Sul, robustecem o apelo lançado recentemente pelo Papa Francisco no âmbito Dia Mundial do Migrante e Refugiado: “a construção dum mundo onde todos possam viver em paz e com dignidade”.

Reportagem de Daniel Bastos

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