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Antigo líder da Renault procurado pela justiça francesa

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O sistema judicial francês emitiu um mandado de captura internacional para Carlos Ghosn, antigo líder da Renault-Nissan, na sequência de uma investigação sobre abuso de bens empresariais e branqueamento de dinheiro.

A informação foi avançada esta semana pelo Ministério Público, contactado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

O franco-líbano-brasileiro, que deveria ser julgado em Tóquio por irregularidades financeira, vive em Beirute desde a sua fuga do Japão no final de 2019.

O sistema judicial francês está interessado em quase 15 milhões de euros de pagamentos considerados suspeitos entre a Renaul-Nissan e o distribuidor do fabricante de automóveis em Omã, Suhail Bahwan Automobiles (SBA).

O juiz de instrução em Nanterre emitiu cinco mandados de captura internacionais no total: para além de Carlos Ghosn, são dirigidos “aos atuais ou antigos proprietários da empresa de Omã”, disse o procurador.

“Não é um mandado de captura emitido por França, mas pelo (…) Ministério Público de Nanterre”, disse à AFP o advogado de Ghosn, Jean Tamalet.

“Este mandado é muito surpreendente porque o juiz de instrução e o procurador de Nanterre sabem perfeitamente que Carlos Ghosn, que sempre cooperou com o sistema de Justiça, está sujeito a uma proibição judicial de sair do território libanês”, acrescentou.

Durante as suas investigações, os magistrados de Nanterre já se tinham deslocado duas vezes a Beirute.

Em fevereiro entrevistaram duas testemunhas. Em junho de 2021, tinham procedido, com juízes em Paris, à audiência de Carlos Ghosn, durante cinco dias.

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