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Ambiente: luta contra o plástico na ordem do dia

Ontem, assinalou-se o Dia dos Oceanos. Três dias depois do Dia Mundial do Ambiente, este ano também dedicado à luta contra a poluição pelo plástico, o Dia dos Oceanos incidiu sobre o mesmo tema, com as Nações Unidas a lembrarem que 80% da poluição dos oceanos provem das pessoas que estão em terra.

Por isso, o apelo à mudança de comportamentos está no centro das atenções, com destaque para a luta contra a poluição pelo plástico descartável. O Dia Mundial do Ambiente, criado pela assembleia-geral das Nações Unidas em 1972 e celebrado pela primeira vez em 1974, abraçou o tema “Sem contaminação por plástico”, uma semana depois de a Comissão Europeia divulgar a sua estratégia para reduzir a poluição do mar.

A preocupação com a utilização excessiva do plástico por uma população que não pára de crescer, leva a uma maior consciencialização para a redução da utilização de plástico, reutilizando-se sempre que possível os vários utensílios deste material e, quando já não têm uso, a colocação no local adequado – o ecoponto amarelo.

Na sua página oficial, a ONU lembra que oito milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos em cada ano, prejudicando a vida selvagem mas igualmente a pesca ou o turismo. De recordar que a celebração dos oceanos teve origem na Conferência da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento, que se realizou na cidade brasileira do Rio de Janeiro em 1992. Em 2008, as Nações Unidas declararam que o dia 8 de Junho passaria a ser designado como o Dia Mundial dos Oceanos, tornando-se a data oficial. Dezenas de países celebram a data, incluindo Portugal, mostrando a importância dos oceanos no clima e como elemento essencial da biosfera.

De salientar, ainda, que a poluição por plásticos custa a vida a um milhão de aves marinhas e a 100 mil mamíferos, também em cada ano. E é também em cada ano que o plástico causa oito mil milhões de dólares (6,8 mil milhões de euros) de danos nos ecossistemas marinhos. É importante sensibilizar a população mundial para o problema. Na passada terça-feira, a ONU apresentou um desafio com uma amplitude assustadora e “desencorajante”: reverter uma situação que consiste em se consumirem no mundo, em cada ano, 5.000 milhões de sacos de plástico, com apenas uma ínfima parte reciclada. São quase dez milhões de sacos por minuto, muitos deles a cobrir os mangais do Vietname, a matar animais marinhos, como uma baleia há poucos dias, ou a acabar com as praias paradisíacas das ilhas indonésias. Estes dados divulgados pela ONU lembram que os milhões de toneladas de plásticos deitados fora sem escrutínio ameaça a vida marinha e humana, além de destruir os ecossistemas.

Segundo a organização não-governamental “Ocean Conservancy” cinco países asiáticos, China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietname lançam, anualmente, mais de quatro milhões de toneladas de plástico nos oceanos. E se nada for feito, alerta, até 2025 serão acumuladas nos oceanos 250 milhões de toneladas de resíduos plásticos.

Por isso, celebramos o Dia Mundial dos Oceanos é lembrar a todos o importante papel que os oceanos têm no dia-a-dia. Eles são os pulmões do planeta, fornecendo a maior parte do oxigénio que respiramos. O objectivo deste Dia é informar o público do impacto das acções humanas no oceano, desenvolver um movimento mundial de cidadãos pelos oceanos, e mobilizar e unir a população mundial para um projecto de utilização sustentável dos mares do mundo. O apelo para a mudança de comportamentos é mesmo imperativo!

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