A empresa bracarense AgentifAI, especializada no desenvolvimento de aplicações de Inteligência Artificial (AI), acaba de conseguir um financiamento de dez milhões de euros para desenvolver o assistente virtual português AliceAI, o que lhe vai permitir avançar para outros mercados na Europa e nos EUA.
Segundo o fundador e CEO da empresa, Rui Lopes, estes são “mercados grandes com enorme potencial, e a presença será essencialmente comercial, com vendas diretas e parcerias”.
A empresa nasceu como startup em 2018, pela mão da LC Ventures, da Caixa Capital e de uma holding familiar, e recebe agora um investimento do fundo de capital de risco Next Tech Fund.
O aumento de capital vai permitir passar dos atuais 17 funcionários para cerca de quarenta novos engenheiros de software e reforçar a equipa de marketing, a recrutar sobretudo na Universidade do Minho.
Rui Lopes revela que a ideia para desenvolver a empresa nasceu depois de assistir ao filme Big Hero 6, da Disney, quando se perguntou “porque não criar o Baymax, o robô assistente pessoal, em Portugal”. Assim nasceu a AgentifAI, que desenvolveu a Alice, um assistente virtual especializado para os setores da banca e da saúde.
A aplicação “serve já mais de 645 mil clientes, totalizando mais de 150 mil operações em 2020, e permite comandos como desbloqueio de contratos, ver saldos e fazer pagamento de serviços e transferências”.
Usada também pelos clientes da Lusíadas Saúde, a Alice facilita no que toca a marcações.
Segundo Rui Lopes, este é “o primeiro assistente na área da saúde capaz de fazer marcações para qualquer tipo de consulta médica a nível mundial“.
Em relação a outros concorrentes, a Alice faz com que consigamos “ter uma conversa fluída, mudando de assunto, adaptando-se a mudanças no diálogo com a ajuda da IA, aprendendo e melhorando com as interações”, e isso “os outros não conseguem fazer, são muito lentos, pouco inteligentes, frustrantes, robóticos e acabam por dar uma má experiência ao cliente”, adverte o CEO.
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