A Câmara de Viana do Castelo decidiu, este ano, abdicar da iluminação da maior árvore de Natal natural da Europa, que brilhou durante mais de 20 anos, para preservar um “exemplar classificado, património da cidade”.
“A araucária excelsa é uma árvore classificada e temos tido, nos últimos anos, muita dificuldade em encontrar formas de conseguir decorá-la sem que os ramos sofram com isso. Este ano, excecionalmente, não vamos avançar com iluminação na árvore”, afirmou a vereadora da Culta.
Maria José Guerreiro, que falava em conferência de imprensa para apresentar o programa “Sentidos de Viana” 2018/2019, num investimento de 120 mil euros e com quase uma centena de iniciativas, explicou que a decisão foi tomada por motivos “ambientais”.
“Temos de pensar do ponto de vista ambiental. É um património natural que temos na nossa cidade assim como outros que temos de cuidar”, referiu.
Com mais de 50 metros de altura, a araucária excelsa foi, durante mais de 20 anos, iluminada com milhares de luzes, sendo vista em toda a cidade, num perímetro de vários quilómetros.
A instalação da decoração era assegurada, manualmente, apesar das fragilidades que o exemplar já apresentava.
Como “alternativa”, Maria José Guerreiro adiantou que, tal como já aconteceu no ano passado, última vez que que as luzes natalícias se acenderam araucária excelsa, será instalada uma árvore de Natal artificial na Praça da Liberdade.
A responsável adiantou que, este ano, o município vai investir 60 mil euros, mais 10 mil euros do que o ano passado, na iluminação de Natal de 20 artérias do centro histórico. As luzes de Natal serão ligadas no dia sete de dezembro, a partir das 20:30.
Do programa “Sentidos de Viana”, Maria José Guerreiro destacou, entre outros, a confeção, pela segunda vez, de um bolo-rei gigante, de maior dimensão do que o confecionado no ano passado, montado ao ar livre, com a forma original e com 40 metros de perímetro.
Revelou a aposta num bolo-rei de maior dimensão, confecionado pelas pastelarias do concelho, cujo número irá revelar proximamente, determinou a mudança de local, este ano a Praça da República, ex-líbris da cidade, no dia oito de dezembro, a partir das 16:00.
Maria José Guerreiro realçou ainda, no dia 31 de dezembro, entre 22:00 e as 24:00, o concerto de passagem do ano, com Marta Ren no centro cultural da cidade, seguido de uma sessão de fogo-de-artifício.
Anteriormente, a festa de passagem de ano incluía a animação, noite dentro, garantida por vários bares da cidade, que este ano não se vai realizar, segundo Maria José Guerreiro, por “falta de disponibilidade” dos empresários dos estabelecimentos de diversão noturna.
Na véspera deste Natal, a tradição vai voltar a cumprir-se em pleno centro de Viana do Castelo com a banana e o cálice de moscatel. O costume foi realizado durante 60 anos pela casa Riolanda, situada naquela zona da cidade, entretanto encerrada por morte da proprietária.
Apesar de se chamar casa Riolanda a designação de Bananeiro foi atribuída pelo facto de comercializar, durante muitos anos, as melhores bananas da cidade. No interior, a loja tinha um pequeno balcão onde servia bebidas, entre elas, o moscatel.
A tradição da banana e do cálice de moscatel foi relançado, em 2016, pelo Santa Luzia Futebol Clube, num convívio que junta várias centenas de pessoas.
Concertos solidários, teatro, dança, ‘workshops’, mostras e feiras de produtos locais, tertúlias, exposições, oficinas sobre vários temas para adultos e para as crianças e atividades desportivas são outras das propostas do programa municipal.
As iniciativas, que vão desenrolar-se a partir do dia um de dezembro e até dia quatro de janeiro de 2018, pretendem “divulgar o que de melhor o concelho tem para oferecer” nas mais diversas áreas e contribuir para a dinamização da economia local.