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Vem!

Satisfaz este meu desejo…

Não quero os teus poemas,
as tuas declarações falsas ou não de amor…
Não quero as palavras belas,
muito menos as humilhantes…
Apenas, Vem…

Vem em silêncio e sorrateiramente deita-te
à minha beira, sim “à minha beira” como dizemos nós, as Mulheres do Norte…

Vem, e não, não digas nada…
Não me digas se sentiste, ou não,
a mesma Saudade…
Não me contes se sofres ou sofreste…
De nada quero saber!
Não me contes, pois eu, ficarei também
em silêncio…

Vem!
E traz contigo,
as tuas mãos (ai as tuas mãos, amor)…
E toca-me como se não houvesse amanhã!
E faz Amor comigo!
Sim, Amor!

Vem!
E que os nossos corpos entrelaçados se falem até ao amanhecer…
Que falem, sem que uma única palavra se ouça… a não ser aquelas que sairão por entre as nossas loucuras carnais…

Vem, e quando acordares…vai-te embora, por favor…porque não mais te quero, meu Amor…

Um Amor impossível…
Um desejo louco…
Uma vontade de te ter…nem que por momentos…

Vem, e faz me sentir que ainda és meu.

Amanhã, queimo o que escrevi, e quiçá esquecer-me-ei de ti…

– Matilda Lins

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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