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Vai nascer um “mini Dubai” na Madeira

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O projeto ‘Dubai Madeira’, um empreendimento habitacional de luxo que vai nascer na zona oeste do Funchal, representa um investimento privado de 300 milhões de euros, o maior alguma vez feito na região autónoma.

De acordo com os promotores do projeto, hoje apresentado, serão construídos nove edifícios habitacionais de luxo na zona da Ajuda, freguesia de São Martinho, num total de cerca de 400 apartamentos, de tipologias T1 a T4.

O primeiro edifício deverá estar concluído já no próximo ano e os últimos dois em 2028, indicou o presidente executivo da Socicorreia, empresa responsável pelo projeto, em conjunto com o grupo madeirense AFA.

Os edifícios terão um máximo de nove andares e vão ser “todos diferentes uns dos outros”, frisou Custódio Correia, acrescentando que “todos eles têm comércio ao nível do piso 0”, assim como estacionamento para todas as frações.

De acordo com o presidente da Ordem dos Economistas na Madeira, Paulo Pereira, está em causa “o maior investimento privado que já foi feito na Madeira” e que representará um “acréscimo de riqueza” para a região de 79,19 milhões de euros.

Paulo Pereira indicou, também, que o projeto terá um impacto de 108,5 milhões de euros em termos de carga fiscal, sendo que a Câmara Municipal do Funchal, a principal da região autónoma, arrecadará 18,5 milhões de euros em Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), sem contar com as revendas.

Já o executivo insular ficará com a maior fatia da carga fiscal (87,98 milhões), que representará “1,5% do total dos impostos” que o governo madeirense irá receber.

Na ocasião, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), anunciou a construção de uma “nova via de atravessamento horizontal da cidade do Funchal”, no sentido “de garantir, quer aos residentes, quer aos novos residentes, uma boa mobilidade e qualidade de vida”.

Trata-se de uma nova variante, em túnel, que “irá entrar onde está hoje o jardim do Amparo, terá uma variante que ligará o novo hospital do Funchal e com acesso à via rápida e, depois, a outra variante vai ligar a zona oeste à zona leste” da cidade.

Miguel Albuquerque estima apresentar o projeto em fevereiro de 2023 e espera que as obras tenham início ainda durante esse ano.

O governante não quis adiantar, para já, o valor do investimento, admitindo, porém, que serão “alguns milhões” de euros.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, afirmou, por seu turno, que a zona oeste do concelho está a crescer, estando prevista a construção de 1.843 fogos nos próximos “cinco ou seis anos”.

O autarca garantiu estar “ao lado dos empresários” e manter os impostos no mínimo enquanto for presidente do executivo funchalense.

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