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Uso obrigatório de máscara em todos os espaços públicos no Luxemburgo

O Luxemburgo anunciou dia 15 de abril a distribuição generalizada de cerca de 3,5 milhões de máscaras a toda a população.  Segundo o Governo, o uso da máscara constitui “um meio complementar aos gestos de proteção já amplamente conhecidos de todos para impedir a contaminação da população ao reduzir a projeção de gotículas transportadoras do vírus”. No entanto, a Ministra da Saúde também advertiu que não se deve tocar na máscara enquanto ela estiver a ser utilizada e deve ser retirada tocando na parte de trás da mesma – e não na da frente – para evitar o risco de infeção ao levar as mãos à cara.

A partir de segunda-feira, 20 de abril, o uso de máscaras será obrigatório em todos os espaços públicos no Luxemburgo. “Pode ser através de uma máscara de proteção das vias respiratórias como também através de um tecido que tape a boca e o nariz, como um lenço de cabeça ou de pescoço, mas será obrigatório”.

“Trata-se de uma proteção adicional aos gestos de proteção que já existiam”, explicou a Ministra da Saúde. Pelo seu lado, o Primeiro Ministro acrescentou que esta proteção “nasal e bucal” deve ser aplicada “nas lojas, correios, bancos e estaleiros de construção ou nos supermercados, ou seja, todos os locais onde seja difícil respeitar a distância interpessoal exigida (2 metros)”.

Além disso, o Primeiro-ministro anunciou que o governo distribuirá a toda a população um ‘kit’ de proteção, através das autarquias locais. Esta distribuição é uma das medidas de apoio à estratégia de desconfinamento gradual do país, anunciada ontem e que decorrerá em pelos menos três fases.

A primeira fase começa em 20 de abril e durará três semanas. O tempo necessário para se verificar se a propagação do novo coronavírus se mantém, ou não, sob controlo. Se for o caso, entrará em vigor a segunda fase do plano de desconfinamento, cujo início está previsto para dia 11 de maio, com a retoma das aulas nos liceus.

O regresso às aulas terá restrições. Os alunos de cada turma serão separados em dois grupos, que irão à escola alternadamente. Enquanto o primeiro grupo está na escola, o segundo grupo trabalhará a partir de casa. E na semana a seguir alternam. A mesma estratégia será adotada nas escolas fundamentais cuja reabertura está prevista para o dia 25 de maio. Nesse mesmo dia reabrirão creches e outros serviços de apoio às crianças.

Hotéis, cafés e restaurantes mantêm-se por agora encerrados, pelo menos até 11 de maio, data em que esta situação será reavaliada. Além disso, continuam proibidas manifestações e eventos de massas até ao dia 31 de julho. Prevê-se assim um festival, mas de cancelamentos de espetáculos. E, em aplicação desta norma, a tradicional festa popular que acompanha a celebração da Festa Nacional de 23 de junho foi cancelada. O mesmo fizeram os sindicatos com as manifestações do 1° de maio.

Do ponto de vista estatístico, segundo a página web do Ministério da Saúde luxemburguês, onde estas informações estão também disponíveis em português, (https://msan.gouvernement.lu/fr/dossiers/2020/coronavirus-pt.html), à data de 16 de abril:

§  Tinham sido realizados 31.660 testes, o que representa 5,05% do universo de 626.108 habitantes do Luxemburgo, dos quais 3.444 resultaram positivos (10,88%). Neste segundo grupo, a idade média das pessoas testadas positivas é de 46 anos, em igual proporção entre homens e mulheres;

§  Desde o princípio do mês de março já tiveram alta hospitalar 552 doentes;

§  À data de 16 de abril estavam hospitalizadas 205 pessoas, dos quais 35 em cuidados intensivos;

§  O número de vítimas mortais é de 68 doentes, cuja idade média rondava os 85 anos, o que representa uma taxa de mortalidade de 0,01 por mil habitantes ou de 1,97% do total das pessoas com teste positivo em relação ao Covid-19;

§  Desde meados de março, o governo já libertou 372 milhões de euros para garantir 80% do salário bruto dos empregados impedidos de realizar o seu trabalho (em desemprego parcial ou total) devido à crise da saúde. A última avaliação do número de pessoas em questão era de 73.000 assalariados e independentes, atualmente é de 180.000;

§  Hoje estão afetadas pelo desemprego parcial 9.933 empresas.

Francis da Silva

 

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