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Um erro de proporções bíblicas

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Em meados de 2020, festejava-se em Portugal. Ambientalistas (ou aparentes ambientalistas), Municípios, Bloco de Esquerda, PAN, João Galamba, entre muitos outros, saíam vencedores. A última empresa que se sujeitava a explorar gás em Portugal desistia da exploração, pois o Governo e boa parte da sociedade civil não estava para aí virada.

Loucamente, os portugueses consideram positivo continuar a importar 100% do gás que consumimos, que ou vem de navios, ou vem de gasodutos que deixam a sua pegada no ambiente. Pior, boa parte desse gás vem de países com regimes instáveis e que desprezam completamente melhores práticas ambientais. Com aquela decisão, Portugal também abdicou da sua soberania. Muitas vezes escrevi contra este desastre.

Os EUA anunciaram ontem que vão exportar para a Europa 15 mil milhões de metros cúbicos de gás este ano. Pois bem, só num buraco na Batalha em 2015, a empresa Australis tinha descoberto 13 mil milhões de metros cúbicos de volume de gás! Portugal podia estar a substituir esse gás que vem do outro lado do oceano. Existiam diversas empresas e ainda mais concessões dispostas a procurar petróleo e gás e em 2015 diziam, “Esperamos nos próximos anos estar a produzir petróleo e gás natural em Portugal”.

Com a crise que rebentou no norte de África, entre Marrocos e a Argélia, seria um completo desastre se outra guerra surgisse. Era fome, peste e guerra. Mais, com o lucro dessa exploração, Portugal podia perfeitamente investir no desenvolvimento das renováveis, coisa que seguramente não é prioritário no Norte de África de onde importamos esse mesmo gás. Lutem para acabar com este erro colossal.

Cristiano Santos

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