Os Lusíadas falam de Luís de Camões em Timor
Um turbilhão de ideias me vieram ao pensamento
Aqui na ponta do fim do mundo com muito amor
Me concentrarei no positivo e não no lamento!
E lá parti por mares que já antes tinham sido navegados
Cheguei a Díli no ano de mil novecentos e sessenta e nove
Finalmente chegamos a Timor de barco e mal maltratados
Mas acredite, que poesia interrogativa: só escreve quem pode.
Antes perguntei: Minha mãe o que vou para Timor fazer?
Explica mãe pois aquela ilha já pertence aos Timorenses
No entanto: vozes estranhas queriam até me calar
Dizendo: obedece, não queremos que tu penses.
Eu raciocinava: há cada sabidão por esses mares já navegados
Mas eu teimoso só falava para os meus botões
O dizia silenciosamente, eu nunca paguei a quem me mandasse
Os botões são meus, e existem tantas opiniões.
E o meu plano foi crescendo, com o bico calado
A guerra é deles. Mas que nada interferia no meu objetivo.
Como eu respeitava um povo tão humilde e amado
E certo dia esse povo sacudiu os grilhões da opressão.
José Valgode